Levantamento do Ipespe sobre o segundo turno da corrida presidencial, divulgado nesta terça-feira (11), mostrou o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, com 50% das intenções de votos totais. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, estava com 43%. Considerando apenas os votos válidos (sem contar votos em branco, nulos e eleitores indecisos), Lula tinha 54% e Bolsonaro, 46%. A margem de erro geral da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Veja abaixo o resultado completo e a metodologia.
Nota da redação: No primeiro turno, o Ipespe apresentou divergência importante entre a pesquisa e o resultado apurado nas urnas. Em pesquisa divulgada no dia 1º de outubro, véspera das eleições, o instituto mostrava que Lula tinha 49% das intenções de votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos), e que Bolsonaro tinha 35%. A margem de erro era de três pontos percentuais. O resultado apurado nas urnas revelou um cenário diferente para o candidato Bolsonaro, que fez 43,3% dos votos válidos no domingo (2) – bastante distante da margem de erro alegada. Lula obteve 48,43% dos votos. A maioria dos institutos não conseguiu retratar o comportamento do eleitor no primeiro turno, principalmente daqueles que votaram em candidatos de direita. Leia mais aqui.
Intenção de voto para a Presidência da República (estimulada: votos totais)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 50%
- Jair Bolsonaro (PL) - 43%
- Nulo/branco/nenhum - 4%
- Não sabe/não respondeu - 2%
Intenção de voto para a Presidência da República (estimulada: votos válidos)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 54%
- Jair Bolsonaro (PL) - 46%
Intenção de voto para a Presidência da República (espontânea: sem citar os candidatos)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 47%
- Jair Bolsonaro (PL) - 42%
- Nulo/branco/nenhum - 6%
- Não sabe/não respondeu - 5%
Potencial de voto (votaria com certeza + poderia votar)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 54% (47% + 7%)
- Jair Bolsonaro (PL) - 48% (41% + 7%)
Rejeição (não votaria de jeito nenhum)
- Jair Bolsonaro (PL) - 49%
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - 45%
Avaliação do governo Bolsonaro
A pesquisa também perguntou aos entrevistados neste levantamento como eles avaliavam o governo de Jair Bolsonaro: 41% responderam que aprovam a gestão do presidente e 52% afirmaram que desaprovam.
Avaliação do antigo governo Lula
O Ipespe também perguntou aos entrevistados como eles avaliavam o governo do ex-presidente Lula (entre 2003 e 2011): 50% responderam que aprovaram a forma como ele administrou o país e 43% afirmaram que desaprovaram.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa Ipespe/Abrapel entrevistou 1.100 eleitores do país, entre os dias 8 e 10 de outubro de 2022. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O levantamento, realizado com recursos próprios do Ipespe, está registrado na Justiça Eleitoral com o protocolo BR-01120/2022. Veja aqui o relatório completo da pesquisa.
A pesquisa divulgada em 1º de outubro, também em parceria do Ipespe com a Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais (Abrapel), ouviu 1,1 mil eleitores no dia 30 de setembro de 2022. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,45%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-05007/2022. Veja aqui o relatório da pesquisa (em PDF).
Por que a Gazeta publica pesquisas eleitorais
A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. Você pode conferir os levantamentos mais recentes neste link.
As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população. Métodos de entrevistas, a composição e o número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar o resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais.
Também é importante ressaltar que as pesquisas publicadas antes do primeiro turno das eleições de 2022 apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna.
Feitos esses apontamentos, a Gazeta considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.
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