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Plenário da Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados| Foto: Alan Rones/Câmara dos Deputados

Entre os atuais deputados federais do Paraná que novamente participam das eleições, a maioria “enriqueceu” ao longo do mandato, levando em consideração exclusivamente os valores dos seus patrimônios apresentados à Justiça Eleitoral. Dos 30 parlamentares em exercício hoje na bancada paranaense, 29 estão inscritos na disputa de outubro próximo para algum cargo eletivo (apenas o pepista Osmar Serraglio não é candidato) e 22 deles registraram valores superiores aos revelados na eleição de 2018 (veja abaixo).

Dos 29 candidatos, 26 tentam a reeleição à Câmara dos Deputados; dois querem o Senado (Aline Sleutjes, do Pros, e Paulo Martins, do PL); e Ney Leprevost (União) busca a cadeira de deputado estadual.

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Há casos de diferenças pequenas de valores na comparação entre 2018 e 2022, praticamente correspondentes à inflação do período, mas alguns “saltos” chamam atenção. O suplente em exercício Marco Brasil (PP), por exemplo, informou ter um patrimônio de R$ 570 mil quatro anos atrás; agora, tem R$ 6,9 milhões em bens, incluindo uma casa no valor de R$ 3,5 milhões. Locutor de rodeio e comentarista em rádio, Marco Brasil assumiu um gabinete em Brasília apenas em junho último, com a licença de Valdir Rossoni (PSDB), que não é candidato em outubro.

Além de Marco Brasil, outro filiado ao PP, Ricardo Barros, também teve um crescimento expressivo: tinha R$ 5,5 milhões em 2018 e agora tem R$ 8,7 milhões. Líder do Governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros é o político mais rico da bancada. Na lista atual de bens, há, principalmente, empréstimos e cotas em empresas, como BB Corretora, Mineraliz Fonte de Luz, BHT Consultoria, RC6 Mineração, Construtora Magalhães Barros, RJM Loteadora, MBR Locação de Veículos, RC4 Incorporações, IFGVE Instituto de Formação, Gestão e Valor Educacional.

Barros, que exerce seu sexto mandato na Câmara, informou ainda que possui R$ 420.500,00 em espécie. A prática de guardar “dinheiro vivo” também foi observada em declarações de bens de outros candidatos da bancada. Em 2022, além de Barros, outros oito deputados federais paranaenses em exercício registraram quantias em espécie. Os valores mais altos são dos candidatos Nelsi Coguetto, o Vermelho (PL), que tem R$ 450 mil em espécie e 165 mil em moeda estrangeira; Marco Brasil (PP), R$ 237 mil em espécie; Sargento Fahur (PSD), R$ 235 mil em espécie; e Ênio Verri (PT), R$ 100 mil em espécie.

Entre os sete políticos que “empobreceram” ao longo do mandato, chamam atenção as quedas de Vermelho (PL) – tinha R$ 8,6 milhões em 2018 e agora tem R$ 2 milhões – e de Christiane Yared (PP), que tinha R$ 285 mil em 2018 e agora informou não ter bens.

Patrimônio 2022

Veja os valores em bens dos deputados federais do Paraná em exercício:

  • Ricardo Barros (PP): R$ 8.753.932,13 (em 2018, era R$ 5.529.650,21)
  • Marco Brasil (PP): R$ 6.917.000,00 (em 2018, era R$ 570.746,10)
  • Gustavo Fruet (PDT): R$ 3.537.146,25 (em 2018, era R$ 3.165.893,76)
  • Giacobo (PL): R$ 2.681.710,60 (em 2018, era R$ 2.211.016,14)
  • Toninho Wandscheer (Pros): R$ 2.310.127,69 (em 2018, era R$ 1.299.166,23)
  • Ney Leprevost (União): R$ 2.081.320,16 (em 2018, era R$ 1.131.122,02)*
  • Vermelho (PL): R$ 2.068.458,93 (em 2018, era R$ 8.682.792,55)
  • Sérgio Souza (MDB): R$ 1.947.653,20 (em 2018, era R$ 1.950.261,70)
  • Ênio Verri (PT): R$ 1.832.185,04 (em 2018, era R$ 1.419.136,80)
  • Luizão Goulart (SD): R$ 1.800.312,08 (em 2018, era R$ 934.032,72)
  • Luiz Nishimori (PSD): R$ 1.617.913,74 (em 2018, era R$ 981.949,47)
  • Gleisi Hoffmann (PT): R$ 1.490.694,24 (em 2018, era R$ 1.452.097,99)
  • Rubens Bueno (Cidadania): R$ 1.465.305,48 (em 2018, era R$ 2.030.239,54)
  • Sargento Fahur (PSD): R$ 1.373.685,97 (em 2018, era R$ 493.365,90)
  • Sandro Alex (PSD): R$ 1.287.328,91 (em 2018, era R$ 965.534,25)
  • Zeca Dirceu (PT): R$ 1.078.227,21 (em 2018, era R$ 786.123,49)
  • Diego Garcia (Rep): R$ 916.060,99 (em 2018, era R$ 124.822,20)
  • Felipe Francischini (União): R$ 845.500,00 (em 2018, era R$ 665.902,95)
  • Pedro Lupion (PP): R$ 641.876,61 (em 2018, era R$ 914.182,88)
  • Leandre (PSD): R$ 629.695,92 (em 2018, era R$ 517.982,62)
  • Luciano Ducci (PSB): R$ 613.690,52 (em 2018, era R$ 529.531,00)
  • Aline Sleutjes (Pros): R$ 457.425,11 (em 2018, era R$ 132.498,54)*
  • Luísa Canziani (PSD): R$ 341.607,90 (em 2018, era R$ 46.000,00)
  • Paulo Martins (PL): R$ 302.990,00 (em 2018, era R$ 2.509,29)*
  • Filipe Barros (PL): R$ 289.050,59 (em 2018, era R$ 211.985,70)
  • Aliel Machado (PV): R$ 118.489,60 (em 2018, era R$ 236.521,67)
  • Hermes Frangão Parcianello (MDB): R$ 110.000,00 (em 2018, era R$ 90.700,00)
  • Aroldo Martins (Rep): R$ 33.095,24 (em 2018, era R$ 35.780,80)
  • Christiane Yared (PP): R$ 0,00 (em 2018, era R$ 285.954,79)
  • Osmar Serraglio (PP): não disputará a eleição*

*Dos 30 deputado federais atualmente em exercício, 26 são candidatos à reeleição. Os demais são Ney Leprevost, que é candidato a deputado estadual; Aline Sleutjes e Paulo Martins, que são candidatos ao Senado; e Osmar Serraglio, que não concorrerá a nenhum cargo na eleição em 2022.

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