O agropecuarista e ex-deputado federal Dilceu Sperafico (PP) é o mais rico entre os 30 nomes eleitos para a bancada do Paraná na Câmara Federal, e que assumem na próxima legislatura. Com 74 anos de idade, Sperafico declarou à Justiça Eleitoral que possui mais de R$ 46 milhões (R$ 46.435.337,14) em bens, entre empresas, lotes rurais, apartamentos. Sperafico já foi deputado federal em seis legislaturas. Tomou posse pela primeira vez em 1995. Nas eleições de 2018, ensaiou deixar a vida pública: “O fato é que com seis mandatos já cumpri minha missão”, disse ele, naquele ano, em entrevista à imprensa.
No pleito de 2018, seu filho Natan Sperafico (PP) foi quem tentou se eleger deputado estadual, mas não ganhou a cadeira. Também naquele ano, entre abril e outubro, Dilceu Sperafico foi nomeado secretário-chefe da Casa Civil da então governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP). Reassumiu a cadeira em Brasília após a derrota do PP para Ratinho Junior (PSD). Desde 2015, o PP estava na mira da Operação Lava Jato e Sperafico figurou entre os investigados – em 2017, um inquérito aberto para apurar associação criminosa foi arquivado.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
Também ligado ao agronegócio, Nelson Fernando Padovani (União) é o segundo mais rico da nova bancada do Paraná, com um patrimônio de R$ 10,5 milhões (R$ 10.532.059,96). Com 44 anos de idade e estreante na Câmara, Padovani é filho do ex-deputado federal Nelson Padovani.
Já o terceiro mais rico é o deputado federal reeleito Ricardo Barros, também do PP, que informou ter R$ 8,7 milhões (R$ 8.753.932,13) em bens. Ele está entre os atuais deputados federais que enriqueceram na comparação com a eleição anterior. À Justiça Eleitoral, Barros declarou nas eleições de 2018 que possuía um patrimônio de R$ 5,5 milhões (R$ 5.529.650,21). Líder do governo Bolsonaro na Câmara, Barros está indo para o seu sétimo mandato na Casa.
O trio tem os valores mais expressivos, mas a maioria dos integrantes da nova bancada do Paraná também é milionária. Dos 30 deputados federais eleitos nas urnas do início do mês, 18 são milionários.
Os eleitos Paulo Litro (PSD) e Tião Medeiros (PP), que hoje são deputados estaduais, têm mais de R$ 3 milhões, cada um. Com mais de R$ 2 milhões cada um, estão Deltan Dallagnol (PODE), Giacobo (PL), Toninho Wandscheer (Pros), Beto Preto (PSD) e Vermelho (PL). Outros oito políticos registraram mais de R$ 1 milhão cada um: Sérgio Souza (MDB), Ênio Verri (PT), Luiz Nishimori (PSD), Gleisi Hoffmann (PT), Beto Richa (PSDB), Sargento Fahur (PSD), Sandro Alex (PSD) e Zeca Dirceu (PT). Os demais têm menos de R$ 1 milhão. A relação de bens pode ser consultada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Veja os valores dos patrimônios dos deputados federais eleitos pelo Paraná:
- Dilceu Sperafico (PP): R$ 46.435.337,14
- Padovani (União): R$ 10.532.059,96
- Ricardo Barros (PP): R$ 8.753.932,13
- Paulo Litro (PSD): R$ 3.728.636,66
- Tião Medeiros (PP): R$ 3.129.939,47
- Deltan Dallagnol (PODE): R$ 2.719.569,42
- Giacobo (PL): R$ 2.681.710,60
- Toninho Wandscheer (Pros): R$ 2.310.127,69
- Beto Preto (PSD): R$ 2.121.587,11
- Vermelho (PL): R$ 2.068.458,93
- Sérgio Souza (MDB): R$ 1.947.653,20
- Enio Verri (PT): R$ 1.832.185,04
- Luiz Nishimori (PSD): R$ 1.617.913,74
- Gleisi Hoffmann (PT): R$ 1.490.694,24
- Beto Richa (PSDB): R$ 1.394.027,47
- Sargento Fahur (PSD): R$ 1.373.685,97
- Sandro Alex (PSD): R$ 1.287.328,91
- Zeca Dirceu (PT): R$ 1.078.227,21
- Geraldo Mendes (União): R$ 930.000,00
- Diego Garcia (Republicanos): R$ 916.060,99
- Felipe Francischini (União): R$ 845.500,00
- Pedro Lupion (PP): R$ 641.876,61
- Leandre (PSD): R$ 629.695,92
- Luciano Ducci (PSB): R$ 613.690,52
- Delegado Matheus Laiola (União): R$ 455.364,64
- Luísa Canziani (PSD): R$ 341.607,90
- Filipe Barros (PL): R$ 289.050,59
- Carol Dartora (PT): R$ 215.000,00
- Tadeu Veneri (PT): R$ 180.108,74
- Aliel Machado (PV): R$ 118.489,60
Juristas dizem ao STF que mudança no Marco Civil da Internet deveria partir do Congresso
Idade mínima para militares é insuficiente e benefício integral tem de acabar, diz CLP
“Vamos falar quando tudo acabar” diz Tomás Paiva sobre operação “Contragolpe”
Boicote do Carrefour gera reação do Congresso e frustra expectativas para acordo Mercosul-UE
Deixe sua opinião