O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quinta-feira (5) a suspensão do X por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em meio a pressão da oposição pelo impeachment do magistrado, o ex-mandatário disse que o país não pode contar com o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Cabe ao presidente do Senado analisar pedidos de impedimento contra ministros da Corte. Bolsonaro afirmou que Pacheco é “uma vergonha em todos os aspectos, uma pessoa que não está preocupada com o Brasil e sim consigo próprio”.
“A pessoa autoritária que está aí, cresce o movimento de impeachment. Não adianta contarmos, no momento, com o presidente do Senado, que é uma vergonha. O atual presidente do Senado é uma vergonha em todos os aspectos, uma pessoa que não está preocupada com o Brasil, e sim consigo próprio”, disse Bolsonaro a jornalistas.
O ex-presidente concedeu uma entrevista coletiva após participar de um evento em apoio a candidatura do deputado estadual Bruno Engler (PL) à prefeitura de Belo Horizonte (MG).
“Tem que haver pressão popular para que as coisas se resolvam. A gente quer que cada Poder tenha sua devida estatura. Não pode uma pessoa de um Poder tripudiar em cima de todo mundo”, acrescentou o ex-mandatário em referência a Moraes.
Em 2021, Pacheco foi eleito para comandar o Senado com o apoio de Bolsonaro.
Bolsonaro diz que “censura ao X foi ilegal”
No último dia 30, o ministro Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio da plataforma, por descumprimento de ordens judiciais e por não indicar um representante legal no país. A decisão foi referendada pela Primeira Turma do STF. Bolsonaro classificou a medida como “ilegal”.
“Não posso concordar com medidas autoritárias que visam censurar aqui no Brasil. Ao longo dos meus quatro anos [na presidência da República], não houve uma medida minha para censurar quem quer que seja”, disse o ex-presidente.
“A censura [ao X] foi inaproriada, ilegal, indevida e, infelizmente, vai ter reflexos para nós aqui no Brasil”, ressaltou.
Bolsonaro disse ainda que os atos convocados para o 7 de Setembro não serão em comemoração a Independência. “Não estamos comemorando nossa Independência. É uma vergonha falar em Independência, onde o povo não tem liberdade. Se alguém achar que estou mentindo, reclame no X”, afirmou.
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