O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que não pretende visitar a cidade de Curitiba até o próximo domingo (27), quando será realizado o segundo turno das eleições 2024. Na capital paranaense, o embate é entre os candidatos Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB).
A agenda de Bolsonaro em Curitiba era aguardada pela disputa de apoio político do ex-presidente da República. Enquanto Pimentel tem como vice na chapa o ex-deputado federal Paulo Martins, principal nome do PL curitibano, além do apoio dos partidos da base do governo Ratinho Junior (PSD), Graeml cresceu na reta final do primeiro turno com adesão dos eleitores de Bolsonaro.
Apesar do apoio formal de Bolsonaro à chapa de Pimentel, o ex-presidente não se envolveu diretamente na campanha municipal da capital. Por outro lado, o ex-presidente autorizou que Cristina usasse uma foto com ele na campanha. Além disso, em uma postagem nas redes sociais, a candidata publicou uma videochamada com o ex-presidente, na qual ele diz: “Não abro voto por você, você sabe o motivo. Mas torço por você e ponto final.”
Nesta terça-feira (22), em evento de campanha do prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), Bolsonaro respondeu ao questionamento da Gazeta do Povo sobre a participação na campanha curitibana. “A sorte está lançada, não irei até Curitiba, estou com a agenda certa até domingo”, disse ele.
No primeiro turno, o ex-presidente teve uma postura semelhante nas campanhas de Curitiba e de São Paulo, mas intensificou a participação na capital paulista com a disputa agora concentrada entre Nunes e Guilherme Boulos (Psol), que tem como vice Marta Suplicy (PT), na chapa costurada pelo próprio presidente Lula (PT). Em São Paulo, Bolsonaro indiciou o coronel Ricardo Mello Araújo para a vaga de candidato a vice de Nunes, que foi reservada para o PL em troca de apoio do ex-presidente.
No final de agosto, Bolsonaro visitou o Paraná e participou da agenda de campanha em cidades nas regiões oeste, noroeste e norte, mas não foi até Curitiba para demonstrar apoio ao vice-prefeito Pimentel. O ex-presidente também não participou da propaganda eleitoral da chapa formada por PSD e PL na capital do Paraná, apesar da aliança firmada em Curitiba e nas principais cidades do interior, articulada entre Ratinho Jr. e Bolsonaro.
Com a ascensão de Graeml, o ex-presidente se distanciou da candidatura de Pimentel e a jornalista fez críticas às posturas do partido do adversário, comandado nacionalmente por Gilberto Kassab, desafeto do ex-presidente da República. Em entrevista à Gazeta do Povo, Pimentel foi questionado sobre o apoio do líder do PL e respondeu que o ex-presidente Bolsonaro "deve estar feliz" por ter dois candidatos que "trabalham para ele" na disputa pela prefeitura de Curitiba.
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