O Partido da Causa Operária (PCO) provocou o candidato derrotado também esquerdista Guilherme Boulos (PSOL), de São Paulo, chamando-o de “tucano de esquerda” e provocou o PSDB afirmando que a legenda “acabou”.
O fogo-amigo da esquerda foi atirado já nas primeiras horas desta segunda (28) após o encerramento da apuração que deu a vitória da prefeitura paulistana ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) com 59,35% a 40,65%.
“Esse é o resultado de lançar um tucano de esquerda como candidato. A era do PSDB acabou. Ou a esquerda assume uma postura combativa, ou o bolsonarismo tomará o poder novamente”, disse o PCO em uma mensagem nas redes sociais.
O PSDB informou à Gazeta do Povo que não vai se pronunciar sobre a provocação do PCO. Já o PSOL não retornou o contato até o fechamento desta reportagem, o espaço segue aberto para resposta.
Na mesma mensagem, o partido ainda criticou o volume de recursos gastos por Boulos na campanha eleitoral deste ano em comparação com a disputa de 2020, afirmando que a de 2024 foi a “mais cara do Brasil”.
“Em 2020, Guilherme Boulos (PSOL) gastou 7,5 milhões em sua campanha eleitoral, recebeu 2.168.109 (40,62%) votos. Já em 2024, Boulos gastou 81,2 milhões para sua campanha eleitoral, a campanha mais cara do Brasil, mais de 10 vezes os valores recebidos em 2020, e terminou a eleição com 40,65% dos votos. É uma falência”, disparou o PCO.
A disputa entre Nunes e Boulos foi bastante apertada ao longo de todo o segundo turno da campanha à prefeitura de São Paulo, e o esquerdista afirmou que, apesar a derrota, o resultado foi uma recuperação da “dignidade da esquerda”.
“Eu não vou fazer aqui um discurso de perdedor. A gente perdeu uma eleição, mas nessa campanha a gente recuperou a dignidade da esquerda brasileira”, disse agradecendo a vice na chapa, Marta Suplicy (PT), dentro do acordo que fez com o partido para liderar a cabeça de chapa.
Esta foi a primeira vez na história que o PT não disputou a prefeitura de São Paulo com um candidato próprio. O vice-presidente da legenda, Washington Quaquá (PT-RJ), criticou a decisão e disse que a aliança com Boulos foi uma “morte anunciada”.
“Boulos era a crônica de uma morte anunciada! [...] Escolhemos uma candidatura com um teto de limite de eleitor de esquerda. Parece que voltamos a reaprender a gostar de perder”, afirmou.
Washington Quaquá ainda emendou uma crítica ainda mais incisiva ao seu próprio partido: “o PT precisa rever suas pautas e suas prioridades urgentemente”.
E não poupou nem o governo do líder maior do partido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ele, faltou uma responsabilidade que pode se refletir na disputa presidencial de 2026.
“O governo federal também não atuou coordenado e apoiando sua base. Age como se não tivesse responsabilidade com as eleições e a luta política real no território. Tá na hora de mudar ou seremos derrotados no momento que não podemos, em 26”, disparou.
Conanda prepara norma que incentiva aborto em crianças vítimas de estupro
Quem pagará a aposentadoria dos superidosos brasileiros?
Sleeping Giants e instituto de Felipe Neto são beneficiados por dinheiro do governo americano
Defesa de Monark vai usar relatório da PF para pedir arquivamento de ação sobre 8/1
De político estudantil a prefeito: Sebastião Melo é pré-candidato à reeleição em Porto Alegre
De passagem por SC, Bolsonaro dá “bênção” a pré-candidatos e se encontra com evangélicos
Pesquisa aponta que 47% dos eleitores preferem candidato que não seja apoiado por Lula ou Bolsonaro
Confira as principais datas das eleições 2024
Deixe sua opinião