O Partido da Causa Operária (PCO) divulgou que ainda não recebeu recursos do fundo eleitoral a 12 dias do primeiro turno - que ocorre no dia 6 de outubro. A sigla tem direito a R$ 3,4 milhões, o que representa 0,07% dos R$ 4,9 bilhões estabelecidos pelo Congresso Nacional para gastos com as campanhas para prefeituras e Câmaras de Vereadores.
"Já transcorreram quase dois terços da campanha eleitoral, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não liberou o fundo eleitoral para o nosso partido", diz o PCO. O partido afirma que, em 30 de julho, entrou com pedido para recebimento do Fundo Especial de Financiamento de Campanha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A solicitação, de acordo com a sigla, foi negada. O motivo seria a não prestação de contas em anos anteriores. O PCO argumenta que uma decisão de 2022 definiu que essas contas não eram impedimento para recebimento do financiamento eleitoral. O caso aguarda julgamento da ministra Cármen Lúcia.
Em nota, o PCO diz que "esta lentidão, obviamente, resulta em perda de direitos e prejuízo a cada dia que passa". A sigla tem 179 candidatos nas eleições de 2024, segundo o TSE: 43 para o cargo de prefeito, 43 para vice e 93 para a Câmara de Vereadores.
Sem o dinheiro do fundo eleitoral, as campanhas estão sendo realizadas por meio de doações dos militantes e simpatizantes do partido. "E através do próprio trabalho dos candidatos, eu mesmo, todos os dias, faço panfletagem indo para o trabalho e voltando do trabalho. Os custos para ir às entrevistas e compromissos políticos a maior parte eu mesmo banco e a outra parte o trabalho militante do partido ajuda", diz Brunno Dias, candidato do PCO à prefeitura de Florianópolis.
Para ele, o partido está sendo perseguido judicialmente por alguns setores da política. "Eu gostaria de deixar público aqui o meu total repúdio a essa política aqui estão fazendo contra o nosso partido e também gostaria de chamar os setores da esquerda no seu conjunto todo para denunciar isso", afirma.
No site do TSE, consta que a maioria dos partidos políticos recebeu o fundo eleitoral em 20 de agosto. O maior atraso cadastrado é em relação ao Agir e ao Mobiliza, que tiveram o fundo liberado em 29 de agosto. PMB e PCB, no entanto, também não tiveram dinheiro do fundo liberado, segundo informações do TSE.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com o TSE a respeito do bloqueio do fundo partidário do PCO, mas não obteve retorno do órgão até a publicação desta matéria.
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