Na disputa pela prefeitura de Porto Alegre, Carlos Alan (PRTB), 43 anos, se apresenta como empresário e o candidato de Pablo Marçal na capital gaúcha. Em entrevista à Gazeta do Povo, o candidato apresentou propostas para revitalizar a cidade após os estragos da enchente enfrentada pela população em maio, além do fomento à economia, ideias à educação e à mobilidade urbana.
“Uma das minhas intenções é colocar o metrô em Porto Alegre”, afirmou. “É inadmissível uma capital pujante como Porto Alegre não ter metrô. Somos uma das poucas capitais que não possuem metrô, sendo que o Trensurb não é de Porto Alegre”, completou.
Carlos Alan defende, ainda, a ampliação de escolas cívico-militares para melhorar o nível de aprendizado dos alunos. Em relação aos comerciantes atingidos pela enchente de maio na região do Quarto Distrito, aponta como possível solução uma alíquota do IPTU diferenciada, aém de reforço na infraestrutura do local, com “implementação do novo sistema de combate às enchentes para que a área não volte a alagar”.
Todos os candidatos à prefeitura de Porto Alegre foram convidados pela reportagem da Gazeta do Povo para entrevista.
Leia a entrevista com o candidato Carlos Alan
Candidato, no seu plano de governo, não há ações para prevenir enchentes. Por que o senhor deixou de fora medidas de prevenção sendo que em maio a cidade ficou quase o mês inteiro alagada?
Na realidade já foi pedida a substituição do plano de governo. Como houve aquela situação de correria, o pessoal da administração acabou mandando um arquivo de forma equivocada. O arquivo que foi para lá foi incompleto. O pessoal já fez essa correção e logo, logo vai ser substituído lá no no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Que medidas o senhor pretende tomar, se for eleito, para evitar que Porto Alegre volte a alagar?
Se a gente pegar como case a situação da última enchente, nós temos um pilar de uma situação de larga escala. Necessariamente, medidas para evitar o alagamento nessas proporções são muito difíceis. O que nós temos são formas de mitigação, para a gente ter um controle maior da situação. Exemplo: nós não temos galerias pluviais, hoje em grandes capitais que têm problemas com enchente é de praxe ter esse tipo de anteparo, para ajudar no combate às enchentes. Então isso é fundamental.
Vamos ter que fazer o quê? Toda a reformulação das fases das casas de bombas, atualização e ampliação do número de equipamentos e também a substituição por equipamentos mais modernos, com maior vazão. Toda a parte de revitalização dos diques também e a atualização para estarem nas alturas convenientes. E também uma parte de dragagem, que é muito importante, porque devido ao assoreamento dos nossos lagos e rios que circulam em Porto Alegre, a gente já tem vários deques com muita areia e isso está prejudicando bastante parte de vazão dessa água. Então vamos ter que fazer uma dragagem para tirar a areia e dar vazão a essa parte.
Ou seja, é um conjunto de ações que a gente vai ter que fazer ali, até pensando nas barreiras móveis de contenção, a gente tem que colocar também na parte que circula ali no Guaíba; ações que devem ser feitas para modernizar e automaticamente ter um efeito mais positivo do que uma solução que vem lá de 1967 para frente.
Como alguém do ramo do empresariado, que medidas o senhor pretende adotar para tornar o Centro Histórico atrativo novamente para os comerciantes, considerando a redução do movimento na região, e também no Quarto Distrito - duas regiões que foram bastante atingidas pela enchente?
É basicamente uma ideia de fazer um modal hoje, como é utilizado na cidade de São Paulo. Nós temos que criar condições para que o nosso turismo comece a crescer. Porto Alegre tem vários pontos turísticos. E aí eu digo que o centro da cidade ficou muito para trás, porque se preservou demais, tem também a parte dos prédios históricos, dos prédios tombados, enfim a infraestrutura de Porto Alegre... E aí claro, como sou do ramo de tecnologia, digo para ti: a dificuldade que nós temos de colocar fibra de internet no Centro Histórico por causa de tubulações antigas, várias infraestruturas que se têm ali, que não pode mexer devido a regramentos, deixa tudo muito engessado, para o progresso ou novas tecnologias adentrarem no centro da cidade.
Então nós precisamos, realmente, rediscutir isso aí, porque é fundamental a gente mudar essas coisas em Porto Alegre. Uma das minhas intenções é colocar o metrô para que a gente comece a fomentar mais negócios e mexer a parte dos embarques e desembarques do catamarã, para que fique mais próximo ao Mercado Público. Trabalhar a parte dos teatros itinerantes ou teatro móvel, para que a gente consiga fazer com que, por exemplo, lá no Mercado Público a gente melhore aquele espaço, para que a gente tenha de novo uma movimentação, principalmente para que se torne vivo num domingo.
Hoje, basicamente, (temos um) Mercado Público que quase não opera, mal e porcamente alguns restaurantes ali em volta, e justamente o pessoal reclama pela falta de movimento. Então, (temos que) criar um centro tecnológico no centro da cidade também. Ou seja, existem várias formas de a gente impulsionar o empreendedorismo dentro do Centro Histórico de Porto Alegre, para que a gente possa fomentar, para que as pessoas venham cada vez mais.
E referente ao Quarto Distrito, parte da situação é buscar meios de incentivo aos comerciantes e empresários locais, seja através de uma alíquota de imposto, de IPTU, diferenciada, pensada numa ação para, de repente, fazer com que o pessoal ali consiga se inspirar e, claro, automaticamente pensar naquela estrutura local. Para que a gente possa, realmente, proteger aquele espaço através da estrutura de boca de lobo, bueiros e revitalizar a implementação do novo sistema de combate às enchentes, que é o que vai proteger aquela parte do Quarto Distrito. Então, eu imagino que não tem outra forma senão buscar incentivos para esses empreendedores, para que eles possam tentar se recuperar, e a gente criar dispositivos que vão facilitar a reestruturação dos empresários locais.
Quais as suas propostas para a mobilidade urbana e para o transporte público de Porto Alegre?
Um dos nossos principais pontos de campanha é a criação do metrô. É inadmissível uma capital pujante como Porto Alegre não ter metrô. Somos uma das poucas capitais que não possuem metrô, sendo que o Trensurb (linha de trens urbanos que atende seis municípios da Região Metropolitana da capital) não é de Porto Alegre, 98,9% é da União. Então Porto Alegre tem que ter um metrô.
Isso vai ajudar a fomentar novos negócios também na mobilidade urbana. Vamos trabalhar a parte de ampliação dos ônibus elétricos - isso é fundamental. Hoje, por exemplo, nós temos em São Paulo várias estruturas, temos ônibus, que são ligados por trilhos aéreos, de eletricidade. Então isso ajuda bastante também, primeiro na alta sustentabilidade e também o fato de nós criarmos novas linhas e apoiar o acesso das pessoas ao transporte coletivo.
O transporte público de Porto Alegre é um grande problema. Hoje a prefeitura investe aí quase R$ 200 milhões para tentar subsidiar o custo da passagem. Nós temos que entender melhor o seu processo e criar outras formas mais sustentáveis para ajudar na mobilidade. Incentivar políticas para os motoristas de aplicativo é fundamental também. Hoje o motorista de aplicativo é uma realidade e nós temos que ampliar o acesso das pessoas a essa forma de condução.
Se nós temos subsídios para o transporte público em Porto Alegre, nós também temos que pensar, de repente, um subsídio de impostos para que se consiga ter uma tarifa um pouco melhor, ou pelo menos que atinja as pessoas de mais vulnerabilidade para que a gente também possa ter como atendê-las melhor. E claro, melhorar um pouco a estrutura física da cidade, no que diz respeito a malha viária. Então nós temos que pensar em construções de viadutos, pensar a cidade com um pouco mais inteligência no sentido de fluxo, de fluidez do trânsito.
E o senhor estuda implementar a tarifa zero no ônibus?
Com as planilhas de custo que se tem, te digo que tarifa zero é uma situação um pouco fora da realidade. Acho que é interessante a gente ter uma equipe técnica para fazer avaliação, eu acho que nós chegarmos a uma passagem a R$ 2,80 - que é uma coisa que a gente vem falando - já estamos falando de uma redução bem significativa. Isso vai não só priorizar as pessoas de baixa renda, mas também os empresários de Porto Alegre, que vão ter custos bem menores no que diz respeito a parte de seus recursos humanos (hoje, a tarifa de ônibus de Porto Alegre é R$ 4,80).
Porto Alegre ficou na penúltima colocação no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O que fazer para qualificar a aprendizagem e subir nesse ranking e quais os principais fatores que o senhor atribui ao desempenho da cidade no Ideb?
Educação é um problema crônico no Brasil, não é só Porto Alegre como capital que tem esse desempenho baixo. Se a gente fizer uma análise da posição do Brasil no cenário mundial, nós sempre estamos nos últimos lugares. Perdemos para o Uruguai, enfim… O detalhe é que se gasta muito com educação, mas se gasta mal.
Então trazendo aqui para Porto Alegre, as escolas com maiores índices de proficiência dos seus alunos são aquelas ligadas ao militarismo, as escolas militares, e a escola de cunho religioso. Contra fatos não se tem argumentos. Hoje as melhores escolas que nós temos são escolas ligadas aos militares e escolas ligadas a entidades religiosas. Entendemos que precisamos fazer uma reformulação, uma capacitação dos nossos profissionais de educação. Dentro da prefeitura, por exemplo, pegar todos os professores da rede, fazer reciclagem e curso de aperfeiçoamento. Nós precisamos trazer os nossos professores para dentro de novos padrões de educação e modificar o currículo das nossas escolas municipais.
Gasta-se muito com educação, mas gasta-se mal. Precisamos trazer os professores para dentro de novos padrões de educação e modificar o currículo escolar.
Carlos Alan, candidato do PRTB à prefeitura de Porto Alegre
Claro, que nós temos nível de engessamento, porque hoje quem compete para fazer, digamos, as grandes mudanças no que diz respeito à parte de educação no Brasil é o MEC (Ministério da Educação). Então nós temos que entender o que entra na gestão municipal, dentro da nossa competência, nós podemos fazer. Uma das coisas que está em evidência - alguns são contra e outros a favor, e eu sou da linha a favor - é a manutenção e ampliação da escolas cívico-militares.
Entendemos que, para a gente mudar o resultado, nós temos que mudar a equação. Não podemos ficar só na narrativa que "para a gente melhorar a educação, nós temos que valorizar os profissionais da educação", ou seja, simplesmente aumentar o salário. Não, não é só isso. Nós temos que trazer uma discussão com os profissionais técnicos, no secretariado, com um baita profissional da área de educação, que vai ajudar justamente a gente melhorar toda essa situação. Informatização das escolas, isso é muito importante, parte da inclusão digital das pessoas, isso é muito importante. Nós precisamos mudar a forma como nós estamos educando as nossas crianças para que elas tenham continuidade e uma melhor educação.
Candidato, o senhor falou das escolas cívico-militares e o governo federal (do presidente Lula) oficializou no ano passado o fim das escolas cívico-militares…
São pontos que não são bem pacíficos. Existem estados que estão se movimentando, inclusive nosso governador Eduardo Leite disse que é simpatizante (às escolas cívico-militares), não tem nada contra. Então nós entendemos que o Congresso Nacional vai rever isso aí, porque não tem nenhum cabimento a União, com nesse índice baixíssimo de proficiência, querer intervir numa situação positiva.
Existem estudos que mostram que as escolas cívico-militares, das avaliações que foram feitas, tiveram excelentes notas. Para mim é um case de sucesso. Nós estamos muito engessados, amarrados nas normativas do governo. Se depender da gente, com certeza vamos adotar esse curso, a parte de disciplina, trazer as situações normativas para dentro da nossa escola e aumentar o nível de proficiência dos alunos.
O senhor promete, no plano de governo, “diminuir o déficit de vagas, garantindo à população seu direito à educação infantil”. De que forma o senhor pretende fazer isso? Quais ações práticas serão adotadas para tirar essa promessa do papel, se o senhor for eleito?
Necessariamente, começa pela ampliação de vagas. Nós temos vários problemas desde as creches até o ensino fundamental, que são basicamente o que norteia toda a parte de educação gerida pela esfera municipal. Então o que nós precisamos é fazer uma ampliação, através, de novo, de revisões... Fica muito vago eu falar para ti que vamos aumentar numa média de 20, 30, 40% de vagas nas escolas, sem ter acesso a muitas informações hoje que dizem respeito à parte operacional e de logística que tange a Secretaria da Educação.
O nosso compromisso é tentar buscar uma uma ampliação de 20% a 30% das vagas existentes. Educação é uma das nossas prioridades, principalmente no período tão fundamental que é das nossas crianças que estão nas creches municipais e no ensino fundamental dentro das nossas escolas, elas precisam ser bem instruídas e acompanhadas. Esse é nosso grande desafio na educação no que tange a prefeitura de Porto Alegre.
Ainda na educação, o senhor promete instalar segurança eletrônica nas sscolas, para os pais monitorarem os filhos através de aplicativo de celular. O senhor e sua equipe chegaram a fazer orçamento para essa proposta? E como funcionaria essa segurança eletrônica?
A segurança eletrônica é altamente conhecida principalmente nas escolas particulares, é uma realidade. Hoje nós temos aí na cidade uma média de2,5 mil câmeras espalhadas. Estudos também mostram que precisamos aumentar o cercamento eletrônico para o dobro disso. Hoje nós temos uma situação de fazer reduções de custos desde a parte operacional, aumentando também a nossa capacidade. Acreditamos que nós começarmos a fazer uma situação econômica mais pujante na cidade de Porto Alegre, nós vamos aumentar a arrecadação, vamos aumentar a viabilidade financeira para que a gente traga esse dispositivo. Ou seja, para que a gente tenha viabilidade para comprar equipamentos e, automaticamente, informatizar melhor as nossas escolas.
Quando eu falo em informatizar é ter internet nas escolas de qualidade. Quando temos a internet, temos o circuito fechado de TV, ou seja, para que eu tenha as câmeras. É um conjunto de fatores que a gente vai fazer essa viabilidade da modernização no que diz respeito às nossas escolas municipais. Não começando com todas (as escolas), mas ir criando infraestrutura com custos menores. A prefeitura tem que achar a forma viável para que a gente consiga botar a câmera nessas unidades escolares, para que a gente consiga possibilitar que os pais tenham um nível de monitoramento dos seus filhos.
Uma de suas propostas é “promover o desenvolvimento da economia de Porto Alegre, através de medidas de incentivos a micro e pequenas empresas, a projetos do artesanato local, ao comércio formal e informal”. De que forma a prefeitura pretende promover o desenvolvimento do comércio informal, se o senhor for eleito?
A parte formal nós temos dentro do escopo do nosso plano de governo a criação da "escola de bicos". INós vamos pegar essas pessoas que vão ser devidamente cadastradas, avaliadas juntos ao grupo técnico da prefeitura e farão acompanhamento de um grupo. Pode ser de 10, 15, 20 pessoas. Vai ser um grupo de acompanhamento desse jovem, que vai estar vinculado à rede pública municipal, onde nós vamos colocá-lo no projeto "minha primeira empresa", auxiliando na parte do empreendedorismo.
As pessoas do mercado informal na mesma situação. Não adianta fechar os olhos para a realidade. Hoje o que tem de pessoas que infelizmente não têm as condições de estarem dentro do mercado formal é gigante. Mas essas pessoas também precisam do seu ganha-pão, precisam fazer o seu desenvolvimento. Então dentro de uma esteira evolutiva comercial, elas podem começar numa pseudo informalidade, se capitalizarem e, através de ferramentas de apoio e gestão, trazermos ela para parte da formalidade e ela seguir a sua esteira, digamos assim, evolutiva financeira.
O sistema de incubação vem justamente para isso, ou seja, trazemos a pessoa que está no mercado informal por "n" situações. A gente sabe a realidade hoje do Brasil, empreender no Brasil é um desafio gigante, principalmente no Rio Grande do Sul, com as altas alíquotas que nós temos aqui. E é algoque se replica para Porto Alegre. Nós precisamos olhar melhor para esse lado e entender como vamos fazer o desenvolvimento das pessoas que querem empreender, que querem ter uma oportunidade de ter o próprio negócio, independente do tamanho dele.
Então é basicamente isso: para o apoio ao mercado informal, a nossa ideia é criar incubadoras para que as pessoas comecem a fomentar o seu negócio. Por exemplo, aquela situação que ocorre no brique da Redenção... Quantas pessoas ficam ali colocando as suas tendinhas. Ou seja, com aquele pessoal ali é feito algum acompanhamento? Eles têm acesso, por exemplo, alguma situação vinculada, parceria vinculada ao Senai ou alguma secretaria, que vá desenvolver o negócio das pessoas? Então quantos anos aquelas pessoas vão ficar ali naquele mesmo modal de negócio, sem evoluir, sem seguir a esteira evolutiva. É em cima desse perfil, dessa visão, que a gente vai trabalhar dentro da nossa linha de desenvolvimento, para que as pessoas realmente busquem aumentar a renda e a complexidade do seu negócio, para que elas saiam desse pseudo informalismo e venham para o mercado formal, onde os benefícios para a cidade são imensuráveis.
Na pesquisa Quaest*, divulgada no fim de agosto, 90% dos entrevistados disseram não te conhecer. Qual estratégia pretende adotar na campanha para reverter esse percentual e crescer nas pesquisas de intenção de voto?
Nós começamos a nossa campanha dia 21, fomos os últimos a fazer lançamento de campanha. Estamos vinculando, a partir do nosso lançamento, junto ao Pablo Marçal, como o candidato a prefeito do Pablo Marçal aqui na cidade. Dentre todos os candidatos, eu sou o único que trabalha. Sou gestor e tenho empresa para gerenciar, então não tenho disponibilidade 24 (horas) por 7 (dias na semana), que meus adversários têm para fazer política.
Mas nós estamos com equipes sendo altamente municiadas de equipamentos e materiais. As equipes de marketing estão trabalhando para que a gente consiga ter uma ampliação. E, claro, no momento em que o pessoal das emissoras não nos dão a oportunidade para ir para um debate, a gente tem muito a perder. Se tu veres bem, os quatro candidatos que estão pontuando são os quatro candidatos que estão participando do debate. Fora, claro, a situação do poderio econômico... Estamos falando do atual prefeito (Sebastião Melo, do MDB), de uma deputada federal (Maria do Rosário, do PT), de dois deputados estaduais (Felipe Camozzato, do Novo, e Juliana Brizola, do PDT - ela, no entanto, foi deputada, mas não está mais no cargo). São políticos de carreiras, que estão aí há 300 anos dentro dos quadros políticos. Ou seja, eles têm infraestrutura para isso.
Dentre todos os candidatos, eu sou o único que trabalha. Sou gestor e tenho empresa para gerenciar.
Carlos Alan, candidato do PRTB à prefeitura de Porto Alegre
Mas nós estamos trabalhando. E um detalhe: PRTB não faz uso do fundo partidário, então é outro problema que nos deixa numa situação muito desigual frente aos quatro candidatos. Estamos trabalhando para tentar reverter esse número aí e que a população tenha a oportunidade de conhecer mais dos candidatos Carlos Alan e João Morsch.
*Segundo o TSE, o PRTB tem 0,07% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), nas eleições de 2024, o que representa R$ 3,4 milhões.
Há a possibilidade de o senhor contar com a participação do Pablo Marçal na sua campanha para conseguir mais visibilidade, de repente com vídeos ou outras mídias?
Sim, vídeo nós já botamos no ar. Mas o Pablo Marçal está em campanha muito forte em São Paulo. Ele vir ao Rio Grande do Sul nesse momento é inviável. Então vamos ter que ir a São Paulo para conseguir gravar com ele lá, participar com ele junto da campanha, para trazer esse material para o pessoal do marketing fazer as divulgações. Isso está previsto para essa semana agora, para que a gente possa criar bastante materiais, para que as pessoas façam cada vez mais o link entre Pablo Marçal e o candidato Carlos Alan para a prefeitura de Porto Alegre.
O senhor diz, no plano de governo, “que turismo e indústria se apresentam como possibilidade real de desenvolvimento, necessitando para isso, de ações pontuais e efetivas, que iremos executar”. Que ações pontuais e efetivas são essas?
Por exemplo, nós temos muitas áreas descobertas, ou seja, áreas úteis que a gente pode criar pequenos parques industriais para que se traga empresas para o desenvolvimento econômico daquela região. O distrito industrial dentro da cidade de Porto Alegre, por exemplo, é fundamental para que a gente comece a trazer a indústria. Automaticamente, trazendo mais emprego e o efeito dominó, ou melhor, o efeito econômico disso para nós é fundamental.
A mesma coisa com a criação de polos tecnológicos. Nós tivemos aqui em Porto Alegre um baita investimento no Instituto Caldeira, no Quarto Distrito. Para quem conhece toda a rotina da parte industrial e funcional de São Paulo, o Instituto Caldeira lá tem em vários lugares. E aqui nós tivemos esse bom case e nós podemos ampliar isso, fomentar cada vez mais.
Nós tivemos também, por exemplo, a PPP (parceria público-privada) na orla do Guaíba, que aí veio a situação do (Cais) Embarcadero. Olha, o que revitalizou aquela parte, o que fomentou de novos negócios... Imagina uma revitalização do Arroio Dilúvio, por exemplo, o que nós vamos poder fazer... A revitalização de alguns viadutos que até tá acontecendo no governo Melo. Também enxergo as coisas positivas que o governo Melo fez. Se não fosse a situação da enchente, que ali ele pecou por falta de amparo técnico, mas ele vem fazendo uma boa gestão nessa parte de viabilização de formas econômicas, no fomento econômico de espaço público. Isso é fundamental.
Então de novo, digo para ti, nós temos que pensar em trazer indústrias parceiras para dentro cidade, criar um programa que faça a interligação da prefeitura de Porto Alegre juntamente a essas empresas parceiras para que a gente tenha uma esteira de desenvolvimento econômico. E automaticamente a gente consiga dentro das ações efetivas que a gente está colocando, como escola de liderança, projeto minha primeira empresa, enfim todos os dispositivos para dar a oportunidade às pessoas de empreender, porque, de novo, não adianta nada nós criarmos trabalho em Porto Alegre e esse dinheiro ser gasto em outras cidades. Nós temos que, além de introduzir trabalho para a população de Porto Alegre, criar dispositivos para que ela gaste dentro da cidade.
Metodologia da pesquisa Quaest: 900 eleitores foram entrevistados pelo instituto Quaest, entre os dias 24 e 26 de agosto de 2024. A pesquisa foi contratada pela RBS Participações S A / Televisão Gaúcha S.A. Confiança: 95%. Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Registro no TSE nº RS-09561/2024.
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