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Cármen Lúcia repudia violência na campanha eleitoral e aciona PF
Presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia diz que crime organizado tentando se infiltrar nas eleições não pode ser subestimado.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

Em uma entrevista concedida ao jornal O Globo neste domingo (29), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia disse que o crime organizado brasileiro tenta influenciar nas eleições e que para isso, são necessárias medidas e ações precisas do judiciário.

Para a ministra, o “crime quer formular leis” e que a “Justiça deve dar respostas imediatas”. Cármen Lúcia destacou que a tentativa de influência e de infiltração de grupos criminosos nas eleições é “bastante grave” e que “não pode ser subestimada”. Ela também lembrou de assassinatos de candidatos neste pleito, aonde há suspeitas de envolvimento destas organizações.

Diante deste cenário, a ministra afirmou que o TSE criou um núcleo especializado envolvendo a Polícia Federal e o Ministério Público pelo qual estão sendo cruzados dados e informações de candidatos que possam ter ligações com o crime organizado.

A medida adotada pelo TSE é inédita. Para garantir segurança aos locais de votação, a ministra disse que além das polícias estaduais e federais, as Formas Armadas podem ser acionadas em cidades aonde se identifique risco à integridade de eleitores e candidatos.

O primeiro turno das eleições municipais ocorre no próximo domingo (6). Em cidades com mais de 200 mil eleitores e que podem ter segundo turno os eleitores voltam às urnas no dia 27 de outubro.

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