Quatro invasões de imovéis foram registradas entre o final da tarde e a noite de domingo (27) no centro da capital paulista, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Os imóveis teriam sido invadidos por integrantes da Frente de Luta por Moradia (FLM), que publicou diversos vídeos das ações nas redes sociais. Em um deles, manifestantes estenderam uma faixa que dizia “Nenhuma mulher sem casa”, além de gritarem palavras de ordem diante de agentes da Polícia Militar.
A primeira invasão aconteceu pouco depois do fim da apuração dos votos no 2º turno da eleição a prefeito de São Paulo. Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito com 59,35% dos votos válidos, um total de 3.393.110 votos. Guilherme Boulos (Psol) ficou com 2.323.901, 40,65% dos votos válidos. Boulos ficou conhecido por ser uma liderança nos movimentos sociais ligados à luta por moradia em São Paulo.
Segundo publicação do movimento FLM, famílias invadiram um prédio abandonado na rua São Bento. Na postagem, também é possível ver agentes da polícia e ouvir um helicóptero sobrevoando o local. Outro vídeo compartilhado mostra o momento em que o Batalhão de Choque da PM de São Paulo entra em um prédio localizado na avenida 9 de Julho, na região da Bela Vista.
Secretaria de Segurança afirma que invasões foram contidas por PM em São Paulo
Em nota, a Secretaria de Segurança respondeu que a Polícia Militar foi acionada para atuar em ocorrências de invasão de propriedade entre o final da tarde e a noite de domingo. As ocorrências foram nos bairros da República, Bela Vista, Centro Histórico e Mooca, onde integrantes do movimento por moradia invadiram imóveis.
Nos três primeiros endereços a situação foi controlada pela PM, sendo que na ocorrência da Bela Vista, três homens foram detidos. No imóvel localizado na Mooca, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) permaneceu no local para negociar a desocupação com os invasores. Foram registrados dois boletins de ocorrência no 8° DP no Brás.
A Gazeta do Povo procurou representantes da Frente de Luta por Moradia, mas, até o fechamento da reportagem não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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