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Nunes destacou apoio do governo, enquanto Boulos disse acreditar em "sentimento de virada" na reta final.
Ricardo Nunes destacou apoio do governador de São Paulo, enquanto Guilher Boulos disse acreditar em “sentimento de virada” na reta final.| Foto: Fotomontagem Gazeta do Povo (Wilson Dias/Agência Brasil e Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Os candidatos que disputam o segundo turno das eleições na capital paulista votaram por volta das 10h neste domingo (27). O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) chegou ao local de votação com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Guilherme Boulos (PSOL) foi acompanhado por três ministros do governo Lula: Alexandre Padilha (PT), Marina Silva (Rede) e Sonia Guajajara (PSOL).

Em uma conversa com a imprensa, Nunes disse que o apoio de Tarcísio foi fundamental – e não apenas nos últimos meses. “Falo das ações conjuntas, durante a gestão, na área de segurança, habitação, saneamento e mobilidade. Isso já ajudou a melhorar os índices de aprovação”.

Nunes diz que governador se empenhou em momento preocupante da campanha

O candidato à reeleição comentou o empenho do governador em um momento preocupante de sua campanha. “No final de agosto eu dei uma caída nas pesquisas, foi quando o governador Tarcísio mais entrou no processo. Isso é uma prova do caráter, da lealdade, da pessoa que é o Tarcísio”, afirmou.

Ricardo Nunes ainda foi questionado sobre o possível efeito do apagão ocorrido em São Paulo no último dia 3 sobre o resultado do pleito deste domingo. "Se influenciar, vai ser a favor do candidato do governo federal", disse, referindo-se a Boulos.

Boulos diz apostar em “sentimento de virada”

Esperado por militantes em frente ao seu local de votação, na zona sul da capital paulista, Guilherme Boulos disse à imprensa que aposta em um “sentimento de virada, de mudança” para vencer a corrida à prefeitura.

“Essa é uma eleição muito acirrada, que se decide nas últimas horas. Ninguém vence eleições de véspera”, afirmou o candidato, enquanto apoiadores ao seu redor gritavam “Eu acredito”.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que votou na mesma região da cidade, também disse acreditar em uma “curva de crescimento” da campanha de Boulos, observada nos últimos 15 dias.

“Ele fez uma boa campanha, que foi para o segundo turno. E fez uma boa campanha no segundo turno. Tanto é que cresceu, a diferença diminuiu e, como está numa curva de crescimento, vamos aguardar as urnas”, afirmou Alckmin, que apoiou a deputada federal Tábata Amaral, de seu partido, na primeira etapa do pleito.

Clique nos links em azul para conferir o que dizem as últimas pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de São Paulo, divulgadas neste sábado (26) pelos institutos 100% Cidades, Quaest, AtlasIntel e Datafolha.

Tarcísio diz que PCC orientou voto em Boulos; candidato diz que declaração é "irresponsável e mentirosa" e pede investigação

Em conversa com jornalistas na seção eleitoral onde votou, o governador Tarcísio de Freitas disse que integrantes do grupo criminoso PCC orientaram aliados e familiares a votar em Boulos. A Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo teria interceptado comunicados da facção criminosa. "Nós fizemos um trabalho grande de inteligência, temos trocado informações com o Tribunal Regional Eleitoral para que providências sejam tomadas", disse o governador.

A declaração provocou reações de Boulos e do PT. O candidato classificou a declaração de "irresponsável e mentirosa" e "crime eleitoral", e pediu investigação ao TRE-SP. Ele acusou o governador, Nunes e seu candidato a vice, Ricardo Mello de Araújo (PL), de “abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação".

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), que apoia Boulos, disse no X que "é um crime dos mais graves a divulgação, pelo governo de São Paulo, de bilhetes apócrifos, tentando associar a campanha de Boulos a uma facção criminosa".

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