O candidato à reeleição para a prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), cancelou a participação no debate eleitoral marcado para a manhã desta quinta-feira (17), organizado por RedeTV!, Folha de S.Paulo e UOL. Nunes divulgou que precisaria comparecer a uma reunião de crise no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, convocada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para tratar do novo episódio da falta de luz enfrentada pela capital e região.
De acordo com as regras assinadas pelas campanhas de Nunes e de Guilherme Boulos (Psol), previamente, em caso de falta de um dos candidatos, o outro seria sabatinado. “Desde a tempestade de sexta-feira, diversos compromissos de campanha foram cancelados, priorizando as urgências da Prefeitura. Outros eventos eleitorais podem ser suspensos devido à previsão de novas chuvas nesta sexta-feira", informou a campanha do candidato à reeleição.
Nas redes sociais, Guilherme Boulos criticou o prefeito. “Nunes não tem coragem de debater sua responsabilidade pelos problemas de São Paulo”, escreveu no Instagram.
Boulos critica ausência de Nunes em debate e se irrita com questionamentos na sabatina
Durante o evento promovido pelos veículos de comunicação - transformado então numa sabatina - Boulos mostrou irritação com a sequência de perguntas sobre o Partido dos Trabalhadores, que integra a coligação dele em São Paulo - a vice na chapa é Marta Suplicy. “É lamentável que parte da mídia queira endossar esse discurso”, disse Boulos, referindo-se à possibilidade de renovação de contrato com a Enel pelo governo federal antes do apagão em São Paulo, que ocorreu na última sexta-feira (11).
Boulos também foi questionado sobre uma ala do PT que teme que ele não consiga alcançar 40% dos votos válidos no segundo turno. “Neste momento, meu foco é derrotar o candidato do apagão e do Bolsonaro em São Paulo, não essas fofocas”, respondeu Boulos, destacando que tem orgulho do apoio recebido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à sua candidatura.
O candidato do Psol aproveitou a sabatina para atacar Nunes, ausente no debate. “Ele passou três anos sem fazer nada e, na véspera da eleição, começou a inaugurar obras e placas.” Boulos também reconheceu que, durante o primeiro turno, não se aproximou dos empreendedores paulistanos. “Minha equipe e eu tivemos a humildade de admitir que não dialogamos com uma parte importante dos trabalhadores”.
Ele reiterou a intenção de buscar o eleitorado que votou no terceiro colocado no primeiro turno, Pablo Marçal (PRTB), que recebeu mais de 1,7 milhão de votos. “Acredito que, com propostas e diálogo, vamos crescer nesse segmento. Quem votou no Marçal, votou pela mudança.”
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