O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suposta propaganda eleitoral antecipada. Na semana passada, Lula pediu votos durante discurso a apoiadores em uma ocupação no Sumaré, interior de São Paulo. O ex-presidente disse aos presentes que votem "agressivamente" no 13, número pelo qual ele e o PT serão identificados nas urnas nas eleições de outubro.
"Eu queria dizer para esse cidadão [Bolsonaro], que por acaso virou presidente da República, que nós vamos fazer uma campanha limpa. A nossa campanha não será agressiva. A nossa campanha não terá fake news. O que vai acontecer nesse país é que nós vamos ser agressivos de votar no 13, no dia 2 de outubro, para que a gente possa tirar ele e colocar alguém mais democrático para governar esse país", afirmou o ex-presidente no discurso.
Barros anunciou nesta quinta-feira (11) pelo Twitter que havia protocolado a ação na Justiça Eleitoral. "Informo que ingressei com nova representação contra o descondenado Lula ao Procurador Geral Eleitoral pelo pedido explícito de voto e, portanto, campanha antecipada. No dia 5 de Maio, o larápio disse: 'nós vamos ser agressivos em votar no 13 no dia 2 de outubro'", disse.
Esta não é a primeira ação contra o petista sobre o discurso feito em Sumaré. Na segunda-feira (9), o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) apresentou uma ação no TSE acusando Lula de suposta propaganda eleitoral antecipada pelo mesmo discurso. "Acostumado a cometer crimes, Lula voltou a infringir a lei ao pedir voto em Sumaré. Se a lei eleitoral proíbe que se peça votos antes do início da campanha, não vou admitir que Lula siga descumprindo as regras e se coloque acima da lei", disse Sampaio.