Depois de registrar queda nas vendas de carros elétricos pela primeira vez, a Tesla vai demitir mais de 10% de seus funcionários pelo mundo. A demissão em massa é mais um sinal da desaceleração da empresa de Elon Musk frente ao desenvolvimento da concorrência e ao mercado.
Cerca de 14 mil pessoas serão desligadas. No total, a Tesla emprega 140.473 pessoas, segundo o jornal britânico The Guardian. Dois executivos do alto escalão anunciaram suas renúncias na rede social X, que também pertencem a Musk: o vice-presidente sênior da Tesla, Drew Baglino, responsável pelo desenvolvimento de baterias, e Rohan Patel, vice-presidente de políticas públicas e desenvolvimento de negócios.
Segundo o site Electrek, o e-mail de Musk falando sobre os cortes vazou. Nele, o empresário diz que “a que a Tesla cresceu rapidamente nos últimos anos e, como resultado, houve duplicação de funções e funções em determinadas áreas”. O site diz que há relatos de que alguns funcionários já tiveram o acesso ao sistema bloqueado na companhia de carros elétricos.
A Tesla ainda não se pronunciou sobre as demissões.
Não é de agora que a empresa vem enfrentando dificuldades e desconfiança dos investidores que acham que a empresa de Musk está desfasada, principalmente com o crescimento de outras. Enquanto na China a principal concorrente da Tesla é a BYD, na Europa, a Volkswagen e BWM se reinventam com novos produtos.
O cenário é que, além das vendas mais baixas e demissões, a Tesla soma queda de 30% nas ações este ano.
Quando o resultado do primeiro trimestre negativo saiu há poucas semanas, a companhia atribuiu o declínio nas vendas às atualizações na fábrica em Fremont, na Califórnia, para a fase inicial da produção do Modelo 3, às paralisações de uma fábrica causadas pelos conflitos no Mar Vermelho e, também, em razão de um incêndio criminoso na GigaFactoty, em Berlim, na Alemanha.
Segundo a Electrek, na semana que vem, a Tesla entregará seu relatório de lucros trimestrais e a expectativa também não é das melhores. Estimativa de analistas apontam para lucro de US$ 0,50 por ação, abaixo dos US$ 0,85 do primeiro trimestre de 2023.
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