Confira as retrospectivas de outros cadernos:
Vida e Cidadania - Santa Catarina vive a pior tragédia em 34 anos
Vida Pública - Gafes e bolas foras em 2008
Economia - Crise no centro do capitalismo
Esportes - O ano de Keirrison
Caderno G - Veja a lista com os filmes mais importantes do cinema em 2008
Dos 538 votos no colégio eleitoral norte-americano, ele conquistou 364. Barack Hussein Obama sagrou-se o 44º presidente eleito dos Estados Unidos em novembro e tornou-se o primeiro negro a ocupar a Casa Branca. Ele ganhou com folga também no voto popular. E os norte-americanos ainda lhe deram maioria no Senado e na Câmara dos Deputados.
Sempre se poderá dizer que o maior cabo eleitoral de Obama foi George W. Bush com seu desastroso governo. E que a crise financeira que sacode o mundo ajudou a sepultar as últimas chances do republicano John McCain se eleger.
Projeções indicam que o fenômeno Obama pode ter levado às urnas 137 milhões de eleitores, o maior número de todos os tempos. E com um comparecimento de mais de 64%, num país em que o voto não é obrigatório, a eleição de 2008 se tornou o maior interesse da população em um século, perdendo apenas para o pleito de 1908.
A missão não será pequena: a crise financeira, ainda insolúvel, é um dos legados de George W. Bush para Obama. O outro, um déficit recorde de US$ 438 bilhões nas contas públicas.
E é de olho na crise financeira que atinge em cheio os Estados Unidos que Obama não perde tempo em anunciar sua equipe. Para o cargo de secretário do Tesouro é escolhido Timothy Geithner, presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova Iorque.
Em seguida, o futuro presidente dos EUA anuncia a criação de um comitê de recuperação econômica que funcionará por dois anos, podendo ser o prazo prolongado. À frente desse comitê, o economista Paul Volcker, que já foi presidente do Fed. Completa a equipe econômica de Obama Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro, que assume o Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, e o governador do Novo México, Bill Richardson, escolhido para ser o secretário do Comércio dos Estados Unidos.
Para o cargo máximo da diplomacia norte-americana, Obama escolhe sua ex-concorrente no partido Democrata às eleições presidenciais, Hillary Clinton, que será a próxima secretária de Estado. Já alguns cargos serão mantidos por indicados do presidente George W. Bush, como a presidência do Fed, que continua nas mãos de Ben Bernanke; a chefia do Estado-Maior das Forças Armadas, mantida por Michael Mullen; e a diretoria do FBI, a qual seguirá com Robert Mueller.
E quem comanda toda essa transição é John Podesta, que foi chefe de gabinete de Bill Clinton. Já o deputado Rahm Emanuel, ex-assessor de Bill Clinton, assume o cargo de chefe de gabinete do presidente eleito.
Sete dias após ser eleito em 4 de novembro, Obama liga para o presidente Lula para dizer que pretende aprofundar a cooperação bilateral no setor de biocombustíveis, mesmo sem garantir que abrirá o mercado norte-americano ao etanol brasileiro. Lula aproveita o telefonema para pedir que seja concluída a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
STF poderá forçar governo a tomar medidas mais efetivas contra danos das bets
Com argumentos de planos de saúde, associações de autistas fazem lobby negacionista com governo Lula
Novo “AeroLula”? Caso do avião presidencial no México reacende debate
“Precipitada” e “inconsistente”: como economistas reagiram à melhora da nota do Brasil
Deixe sua opinião