A cada investida da Fifa com exigências descabidas, a soberania brasileira fica mais debilitada. Lógico, não se trata de incursões diplomáticas sobre os poderes do Estado. O país está capitulando diante do autoritarismo representado pelo poder econômico da Fifa. São imposições absurdas, só cabíveis se o poderoso Blatter se dispusesse a investir dinheiro que a entidade que preside arrecada sem fazer nenhum esforço e correr qualquer tipo de risco.
Prejuízo financeiro, nem pensar. A entidade que se orgulha de ser composta por número maior de membros do que a Organização das Nações Unidas (ONU) somente contabiliza lucros extraordinários. Envolvida em casos de corrupção com o giro de cifras milionárias, a situação da Fifa não me permite ter qualquer dúvida sobre lucros financeiros colhidos irregularmente e aplicados em fins não veiculados ao futebol. É uma imoralidade.
O Brasil, embalado pela vaidade de Lula e alguns gananciosos, deixou-se envolver pelas exigências absurdas de Blatter e sua quadrilha. Até no planejamento urbano das cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo os "gringos" se envolvem com forte poder de mando. Nossa soberania para planejar cidades e construir obras está sendo submetida aos burocratas e financistas que administram os cofres abarrotados de dinheiro da Fifa.
Nossa soberania está tão comprometida que o governo da União, despudoramente, abre uma porta para a fuga e sequestro das verdades sobre os custos da Copa do Mundo. A administração pública está sendo soterrada pela ausência do mínimo senso de responsabilidade.
Além de tantas e inconcebíveis concessões da União, dos estados e municípios para obras caríssimas, o Brasil, agora, facilita ainda mais a malandragem dos que se envolverão com a construção de estádios e obras de diversas naturezas. Volto a repetir, uma vergonha e um ato de lesa-pátria dos nossos governantes. Gente indecente, sem amor e respeito pelo Brasil e pelas necessidades da população.
O povo não pode renunciar ao direito de protestar. Se os maus políticos não têm vergonha e se divertem debochando dos nossos compatriotas, tenhamos coragem de reagir e evitar que males maiores venham a acontecer.
Nossa credibilidade já está abalada. Só nos resta não perder a vergonha.
Post scriptum
Certo está o prudente presidente do Atlético, decidido a não comprometer a saúde financeira do clube em troca de alguns momentos de vaidade exacerbada. A prefeitura de Curitiba e o governo do estado precisam ser transparentes e abrir o jogo sobre tantos aspectos obscuros que estão no limbo.
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