Depois de o Coritiba ter levado de barbada o título da Série B e o Atlético ter se aproximado de uma vaga na Libertadores na Série A, imaginei que os dirigentes partiriam para o ataque.
Ou seja, o Coxa reforçaria a equipe para brilhar na divisão superior e o Furacão contrataria os jogadores necessários para resolver o antigo e crônico problema ofensivo.
Mas a modéstia imperou na apresentação dos novos contratados. O Atlético ainda trouxe Madson, que se trata de bom jogador, porém insuficiente para uma equipe com tantos dramas no sistema de armação e no ataque. Mais comovente foi observar a diretoria coxa-branca, em entrevista coletiva, anunciando, com pompa e circunstância, as aquisições de Anderson Aquino e Eltinho, voltando a beber na fonte inspiradora paranista de onde extraiu o técnico Marcelo Oliveira.
A falta de ambição continua sendo a mais grave dificuldade dos clubes paranaenses.
Há alguns anos nos contentávamos com pouca coisa, pois não conhecíamos nada melhor. Achávamos o campeonato estadual uma grande diversão e nos resignávamos com os constantes fracassos, primeiro, da seleção paranaense no campeonato nacional entre estados;depois, dos nossos clubes nas disputas da Taça Brasil, mais a frente no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. As honrosas exceções do Coritiba, em 1985 e do Atlético, em 2001, parece que serviram, lamentavelmente, apenas para confirmar a regra.
Os torcedores paranaenses tinham muito de nada e nada era muito para todos nós.
Até se dizia no passado que "para quem é, bacalhau basta". À época, o pescado custava uma fração do que custa hoje. Caro era o frango, servido apenas aos domingos. Sinal dos tempos.
É o que veio a mente diante do noticiário da semana. Observem que nem me reporto ao Paraná em respeito a sua amarga situação. Mas contava com uma mentalidade bem mais arrojada por parte dos dirigentes de Atlético e Coritiba, muito corretos nos cuidados financeiros e administrativos, mas fracos no futebol.
É a velha história: o estado é pujante em todos os setores, poderoso no agro negócio, industrializado e continua crescendo, apesar dos maus políticos e administradores públicos.
O IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística confirmou Curitiba como a quarta cidade do país no ranking do PIB Produto Interno Bruto , apenas atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Portanto, à frente de Belo Horizonte e Porto Alegre.
Em compensação, se estamos adiante de mineiros e gaúchos em poder econômico, continuamos atrás no futebol. Tanto é verdade que Cruzeiro, Internacional e Grêmio disputarão a próxima Libertadores e o futebol paranaense estará fora.
Sem esquecer de que o Inter, bicampeão da Libertadores, caminha para o bi mundial de clubes, enquanto a dupla Atletiba apresenta-se modestamente para a nova temporada.
Após denúncia ao STF, aliados de Bolsonaro ampliam mobilização por anistia no Congresso
Bolsonaro tinha esperança de fraude nas urnas, diz Cid na delação; veja vídeo na íntegra
Os 5 grandes problemas da denúncia da PGR contra Bolsonaro
PF, Moraes e PGR sabiam que Filipe Martins não havia saído do Brasil antes da prisão, afirma a defesa
Deixe sua opinião