Os gregos dividiam o mês em três períodos de 10 dias cada um, denominados de décadas. A primeira era a "década crescente", que começava com a Lua Nova, depois vinha a "década do meio" e por fim a "década minguante", quando os dias eram contados em ordem regressiva.
A semana de sete dias, como a utilizamos hoje, foi adotada pelos judeus, que os transmitiram aos habitantes da cidade de Alexandria irradiando a informação para o resto do mundo conhecido.
No século 18, o sistema de décadas para indicar períodos de 10 dias foi adotado pelo governo francês na onda da Revolução até que se voltou ao calendário gregoriano, por decreto do imperador Napoleão em 1805.
Lembrando que alguns dicionários franceses continuam chamando de década a divisão dos dias do mês, indicando que a palavra certa para dez anos seria "decênio".
Chegamos ao final da primeira década do novo século e pensar que parece ontem que ouvimos falar no boom do milênio, que afinal não aconteceu.
Houve grande transformação no futebol paranaense nesses dez anos, destacando-se o enfraquecimento de praças importantes como Londrina e Maringá e o afastamento do tradicional União Bandeirante.
De positivo, registramos a consolidação do Iraty e do Rio Branco, de Paranaguá; o reaparecimento do Cascavel e o retorno do Operário Ferroviário, de Ponta Grossa com a sua fiel torcida que sempre lota a Vila Oficinas.
Do trio da capital quem desceu do céu ao inferno com impressionante velocidade foi o Paraná. Clube que nasceu grande foi vitima de péssimas administrações e, de frequentador das finais estaduais e destacadas participações nacionais, entrou em colapso administrativo e financeiro enterrando-se na série B.
Este é mais um dramático final de temporada onde mais se ouve falar em salários atrasados do que em planos de recuperação.
O Coritiba saboreou a volta à Libertadores e ganhou mais quatro títulos paranaenses, porém caiu duas vezes para a Segundona brasileira, tornando-se bicampeão da categoria ao retornar à série A.
A década coxa-branca foi assinalada por altos e baixos da equipe, uma política interna acirrada e a maior punição recebida por um clube em todos os tempos.
Os novos dirigentes elaboraram um planejamento quinquenal, com muitas promessas à torcida do Coxa.
Campeão e vice brasileiro, vice da Libertadores, semifinalista da Sul-Americana, quatro títulos estaduais, único clube paranaense a ter um jogador consagrado campeão mundial pela seleção, há 15 anos na série A nacional e com a Arena da Baixada escolhida para servir como um dos palcos da Copa de 2014, o Atlético fechou a década em pleno desenvolvimento.
Encerrando o campeonato como quinto colocado e com boa média de público, o Furacão poderia ter chegado mais longe não fosse a fragilidade técnica do ataque formado neste ano.
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