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O resultado do jogo foi in­­justo para o Paraná, que, superando todas as suas inúmeras e conhecidas di­­ficuldades, foi a equipe que procurou com insistência o gol e mos­­trou mais ousadia em campo.

O Coritiba não chegou propriamente a decepcionar, até porque abriu a contagem em lance individual de Eltinho na falha do goleiro Luís Carlos, que depois se recuperou amplamente com boas intervenções, mas se esperava bem mais do favorito da temporada. Ficou a impressão de que o Coxa não esperava um adversário bem postado e ficou devendo melhor apresentação.

Jéci e Rafinha foram expulsos, revelando que havia intranquilidade na equipe coxa-branca pelas circunstâncias do jogo, mas na verdade o que deu para perceber foi a lentidão da retaguarda e a completa inoperância do ataque. Conservador, Marcelo Oliveira preferiu não correr riscos e gostou do empate.

Com a corda no pescoço, Ro­­ber­­to Cavalo fez o que estava ao seu alcance para tentar a vitória e com um pouquinho mais de sorte e, sobretudo, capacidade de finalização dos atacantes teria chegado ao objetivo.

Tito empatou aproveitando-se de inexplicável paralisação da za­­ga do Coritiba e Javier Méndez foi corretamente excluído após uma entrada desleal no adversário. O árbitro Heber Roberto Lo­­pes não economizou cartões, im­­pôs a sua autoridade e acabou realizando um trabalho satisfatório.

O que ficou na tarde chuvosa de Vila Capanema foi a mensagem paranista de que o time pode reagir, apesar da limitação técnica de diversos jogadores. Mas o espírito de luta do elenco e a liderança de Roberto Cavalo são dispositivos que podem ajudar nesta cruzada de recuperação.

Reorganização

Para o atleticano que finalizou o ano satisfeito com a classificação do time no Bra­­si­­leiro, mas frustrado com o baixo rendimento do ataque, o início de temporada não chega a surpreender.

O que desconcertou foi a de­­cla­­ração do gerente Ocimar Bo­­licenho, para o qual "só falta um segundo volante para completar o elenco e o técnico conta com oito bons atacantes". Na verdade são nove, pois a reportagem da Rádio 98 deu-se ao trabalho de fazer um levantamento correto.

Acontece que nenhum dos su­­plentes da peça ofensiva se aproxima nem de leve dos titulares Guerrón, Lucas e Madson. Por­­tan­­to, o técnico não conta com reposição de peças à altura e ainda terá de contar com o amadurecimento do goleiro João Carlos e a superação do inseguro quarto zagueiro Rafael Santos.Pimentel, Alê, Lucas e Madson jogaram bem.

Sustos à parte, a maioria dos jogadores encontra-se abaixo da plenitude física, o time está se reorganizando e só melhorou no segundo tempo quando Paulo Baier avançou e o Furacão encurralou o Iraty, virando o placar com dois gols de Lucas.

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