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Se o homem, algum dia, viajar na máquina do tempo, terá de agradecer à literatura de ficção científica. Há anos diversos físicos pesquisam aspectos pouco conhecidos da teoria da relatividade de Einstein. Aca­baram descobrindo que é possível existirem buracos na estrutura do Universo que, teoricamente, permitiriam não só a viagem até as estrelas como as viagens no tempo, sonhadas por alguns escritores e roteiristas de cinema.

No filme O Feitiço do Tempo, um repórter que cobre o clima para a televisão – Bill Murray – é enviado a uma pequena cidade da Pensilvânia onde uma marmota indica se o inverno será intenso ou ameno.

Algo mágico acontece e os dias se repetem. Ele acorda sempre na mesma hora, no mesmo hotel e no mesmo dia da festa da marmota.

A certa altura de Meia-Noite em Paris, o novo filme de Woody Allen, um escritor – Owen Wilson – vê-se arrastado misteriosamente no tempo e volta para os anos 1920, onde encontra a famosa geração perdida de intelectuais americanos que se instalaram em Paris depois da Grande Guerra, atraídos pelo generoso câmbio favorável ao dólar em relação ao franco e pela efervescência cultural aditivada pelo cubismo, surrealismo e outras in­­­venções de alguns dos cérebros mais privilegiados da época. E Paris é uma festa, segundo as reminiscências de Hemingway, acompanhado de F.Scott Fitz­­gerald, Gertrude Stein, Picasso e outros menos charmosos.

Arrebatado pelos últimos resultados, quando a recuperação parecia impossível, o torcedor atleticano superlotará a Arena da Baixada para incentivar o time frente ao Corinthians na busca do tempo perdido. Mais do que isso, cada torcedor, intimamente, sonha com o feitiço do tempo, talvez um passe de mágica como nos filmes que nos remetem ao passado.

O sonho da torcida é ver de novo o Furacão imbatível dentro da Arena da Baixada, como aconteceu em diversos períodos de sua maior glória em campo. Para que a magia se torne realidade, entretanto, será preciso concentração, dedicação e aproveitamento máximo.

Só com muito esforço conseguirá virar o jogo neste ano que parecia perdido.

O técnico Renato Gaúcho é o principal responsável pela virada do Furacão, pois ao contrário de Adilson Batista, que só criticava o elenco, apontava erros e mexia demais na escalação, o atual treinador elevou o moral do grupo, encheu a bola de todos e, principalmente, acertou o time.

Cléber Santana que, equivocadamente, vinha jogando como segundo volante, passou a ser meia de ligação, aumentando a criatividade com o re­­torno de Marcinho, melhorando com o ajuste da zaga graças a recuperação técnica de Mano­­el e a presença de Fabrício.

Só falta a bola chegar com mais qualidade para que Morro García possa mostrar o seu repertório de artilheiro. Se isso acontecer, será a cereja de um bolo que esta começando a crescer.

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