Uma expressão chateada foi a reação imediata dos técnicos Dorival Júnior e René Simões quando perguntados sobre o rebaixamento do Coritiba para a Série B do Brasileiro. Presentes ao Footecon 2009, congresso organizado no Rio de Janeiro por Carlos Alberto Parreira, ambos se mostraram surpresos com a queda, por achar que o elenco alviverde não era um dos mais fracos do Brasileiro.
"Estava muito mais forte, pelo menos no papel", disse Júnior, comparando o grupo ao comandado por ele em 2008, nono lugar no Nacional. "Mas nem sempre o que é bom para uma equipe é bom para outra. Todo trabalho precisa dar encaixe", comentou o treinador, que deu uma palestra no evento justamente sobre o tema "Montagem de equipe: perfil, número de atletas e observação".
Além do aspecto técnico, ele lamentou a queda por atrasar um projeto que estava em andamento. "Não esperava mesmo. Não desejo o rebaixamento a ninguém. Ainda mais a uma equipe na qual tive a felicidade de atuar como jogador e treinador. Fiquei muito chateado. O presidente (Jair Cirino) é uma pessoa séria, com planos de crescimento para o clube."
O encaixe citado por Júnior, que permaneceu o ano passado inteiro no Coxa, foi tentado por três técnicos nessa temporada: Ivo Wortmann, René Simões e Ney Franco.
René chegou na penúltima rodada do Paranaense e levou o time à semifinal da Copa do Brasil, mas a má fase no fim do primeiro turno do Brasileiro custou o seu emprego. "Dói muito (o rebaixamento). Esse grupo tinha potencial para fazer coisas muito diferentes", afirmou o técnico, responsável pela volta à elite com o título da Série B em 2007.
Ele agora se preocupa com as consequências da invasão de campo no último jogo. "O Coritiba tem de ser punido. Mas não pode virar bode expiatório de toda a violência", alertou, citando casos recentes como a agressão de torcedores palmeirenses a Vágner Love e a briga entre jogadores do Fluminense e do Cerro Porteño, do Paraguai, no Maracanã; além de episódios mais antigos, como os banheiros químicos incendiados por gremistas em um Grenal no Beira-Rio em 2006 e a pancadaria que acabou com a morte de um torcedor no jogo de juniores entre São Paulo e Palmeiras em 1995.
René acrescentou que os envolvidos não podem ficar impunes. Júnior tem a mesma preocupação e ainda teme situações piores pelo país. "Foi lamentável. Atitude de meia-dúzia de vândalos, que não pode ser direcionada à toda a torcida. Está acontecendo direto. Não vai demorar uma situação pior, na saída de um aeroporto, de um campo de treinamento ou de um jogo", avisou.
Aumento da tensão nas últimas 24 horas ameaça acirrar conflito no Oriente Médio
Mortes de líderes terroristas e tensão no Líbano: os fatores que levaram o Irã a atacar novamente Israel
O Oriente Médio em ebulição e a escolha errada de Lula
Primeiro avião de resgate de brasileiros no Líbano decola do Rio
Deixe sua opinião