Contratado em setembro, Claudinei Oliveira não teve vida fácil no Atlético, mas salvou o time do rebaixamento com cinco rodadas de antecedência, elevando o aproveitamento para 48% sob seu comando. Apesar de o Brasileiro ainda estar em curso, o treinador já sabe de cor os desafios da próxima temporada, entre eles a política de contratação do clube e a pré-temporada extensa (que pode ser mocinha ou vilã). Confira cinco pontos que o comandante começa pensar e a tentar resolver a partir de agora.
Contratações
O presidente Mario Celso Petraglia já admitiu que a partir da próxima temporada o Atlético focará seus investimentos no futebol. Mas isso não significa necessariamente a vinda de reforços. Durante o período de transição, Claudinei terá trabalhar nos bastidores para convencer a diretoria a contratar jogadores mais experientes e de qualidade, não apenas jovens promissores, apesar do orçamento apertado. O foco das investidas é um meia de criação, peça que não existe no atual elenco e que fez falta na temporada.
Motivação
O Atlético ainda tem dois jogos até o término do campeonato Goiás, em casa, e Palmeiras, fora. Nesse período, o treinador tem a difícil tarefa de manter o elenco em ritmo de competição, já que o clube não tem mais objetivo em 2014. Ele já avisou que não quer o time de brincadeira, nem pensando no churrasco do fim de semana. Nessas duas semanas, vai avaliar quem fica para o ano que vem e precisa, portanto, da mesma dedicação de quem luta por Libertadores ou contra a degola. Ao mesmo tempo, tem de lidar com jogadores que estão com a cabeça longe do CT do Caju.
Pré-temporada
Após hiato de um ano, o Furacão voltará a realizar a pré-temporada mais longa do país em 2015. O grupo retorna de férias no início de janeiro e terá no máximo quatro jogos pela Copa do Brasil até a estreia no Nacional, no dia 10 de maio. A missão de Claudinei é chegar a esta data com a equipe já entrosada e com ritmo de jogo. Em 2013, Ricardo Drubscky caiu na sexta rodada. O ex-preparador físico do Furacão, Moraci Santanna, já admitiu que a falta de jogos qualificados foi o grande erro daquela preparação.
Estadual
Com muita experiência em categorias de base, o técnico atleticano estará atento aos jogadores que disputam o Paranaense com a camisa rubro-negra. Nos últimos dois anos, por exemplo, o atacante Douglas Coutinho e o meia Marcos Guilherme despontaram do time B para o elenco principal. A próxima aposta é o avante Marco Damasceno, que estreou como profissional neste ano. O olho clínico de Claudinei e o trabalho em conjunto com Marcelo Vilhena, técnico do sub-23, pode agilizar a lapidação dos garotos.
Prazo de validade
Desde já, o paulista de 45 anos sabe que começa a próxima temporada em uma berlinda histórica. Na Era Petraglia, entre 1995 e 2014 com parada entre 2009 e 2011 , nunca um treinador começou e terminou o ano à frente do Atlético. A falta de paciência da diretoria o pressiona a fazer um trabalho impecável. Ele precisa de jogo de cintura para ultrapassar os momentos de turbulência, como fez neste ano.
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