A Fifa garante que a eleição de sexta-feira (29) e as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 serão mantidas, mesmo diante das prisões realizadas nesta quarta-feira (27), em Zurique. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra", declarou o porta-voz da Fifa, Walter de Gregório, em entrevista coletiva. Segundo ele, nem o presidente Joseph Blatter nem o secretário-geral Jérôme Valcke estão implicados no esquema.
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"Ele (Blatter) está relaxado. Não é um dia bonito, mas é um bom dia para a Fifa. Não em termos de imagem, é claro, mas para fazer uma limpeza", afirmou De Gregório.
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A Fifa, segundo ele, é vítima no processo. "A entidade é que foi lesada, é parte prejudicada, e não temos opção além de seguir adiante com as reformas. É um processo de investigar que já começamos há quatro anos" disse o porta-voz da entidade.
Ele garante que a Fifa está plenamente cooperando com as investigações e que os documentos pedidos pelo Ministério Público da Suíça foram entregues sem qualquer tipo de resistência. "Nós ajudamos a Justiça, é de nosso interesse que essa história seja apurada. Não houve qualquer ação dentro de nossos escritórios, somos a parte que sofre as consequências."
De Gregório rejeitou a tese de que a Fifa sabia que a operação estava para ocorrer na manhã quarta-feira. "Obviamente que isso acontece em um momento difícil. Doí, mas é necessário", disse De Gregório.
Numa operação surpresa, policiais suíços prenderam cartolas da Fifa atendendo a um pedido de cooperação judicial dos Estados Unidos. O foco foi a delegação da América Latina e um total de seis dirigentes da região foram detidos, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.
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Marin é acusado de receber propinas milionárias em esquemas de corrupção no futebol. A Justiça americana indicou que parte das propinas se referiam à organização da Copa do Brasil, Copa Libertadores e mesmo da Copa América. Além de corrupção, Marin é acusado de "conspiração" e pode ser extraditado aos Estados Unidos.
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