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Pacote reúne demandas antigas de infraestrutura
O anúncio das subsedes da Copa do Mundo de 2014 deve ser o gatilho da apresentação de uma série de planos bem conhecidos dos curitibanos. Como o governo federal já deixou claro que a prioridade de investimentos do PAC da Mobilidade será para as cidades escolhidas pela Fifa, o projeto paranaense tornou-se uma coletânea de antigas demandas de infraestrutura. Do metrô à integração da região metropolitana, tudo foi incluído no pacote do Mundial.
A disputa para ser uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014 ganhou um inesperado fôlego de dois meses. Na quarta-feira, a Fifa transferiu o anúncio das cidades da próxima sexta-feira para o fim de maio, durante o congresso anual da entidade, marcado para as Bahamas. Tempo extra para as 17 candidatas venderem a eficiência de seus projetos, em uma briga que extrapolou o campo de futebol. Em vez de 12 locais de jogos, o Comitê Executivo escolherá 12 legados à espera de uma robusta injeção de dinheiro público e privado.
Estimativas de momento indicam que o legado de Curitiba custará pelo menos R$ 6,5 bilhões. Se tirado totalmente do papel, certamente aumentará e resultará em uma cidade totalmente diferente. A Gazeta do Povo teve acesso parcial ao projeto curitibano para o Mundial. Desenvolvido em grande parte pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), o calhamaço de 200 quilos enviado em janeiro para a Fifa prevê intervenções que têm como ponto de partida a Arena da Baixada, mas se estendem pelos arredores do estádio, diversos bairros da cidade, vias de ligação ao Aeroporto Afonso Pena e chegam à região metropolitana e ao Porto de Paranaguá.
O carro chefe é o metrô. Orçado pouco mais de R$ 2 bilhões (R$ 2,68 milhões para estudos e projetos de engenharia e outros R$ 2 bilhões para a linha de 22 quilômetros entre os terminais do Santa Cândida e CIC Sul), o sistema deve transportar 650 mil passageiros/ dia e ter quatro estações próximas à Baixada.
"Depois do anúncio da Fifa, passaremos a trabalhar no detalhamento destas ações. Estamos trabalhando há anos na implantação de algumas destas obras, e o importante será o legado que elas deixarão para Curitiba", diz o presidente do Ippuc, Cléver de Almeida.
Todas as projeções recentes indicam a escolha de Curitiba, ao lado de Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá, Manaus, Salvador, Natal, Recife e Fortaleza. Confirmada essa previsão, os gestores públicos terão cinco anos para fazer com que a transformação do projeto em um legado duradouro e funcional passe do discurso para a prática.
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Interatividade
As intervenções previstas no projeto vão melhorar de maneira definitiva a infraestrutura de Curitiba ou seu benefício se restringirá ao período da Copa?
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