Desde 1995, a Fundação Projeto Pescar tem auxiliado jovens em situação de vulnerabilidade social em diversos estados do Brasil. O foco da iniciativa é oferecer cursos de ensino socioprofissionalizantes para aumentar as oportunidades desse público no mercado de trabalho.
Mais de 35 mil jovens participaram do programa no Brasil e o projeto foi replicado em países como Angola, Argentina e Paraguai.
O ensino socioprofissionalizante vai ao encontro de duas necessidades brasileiras: inserção social para combater a desigualdade econômica e formação de mão de obra qualificada para suprir as demandas do mercado de trabalho.
Segundo dados do Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023, elaborado pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), o Brasil vai precisar qualificar 10,5 milhões de trabalhadores nos níveis superior, técnico, qualificação profissional e aperfeiçoamento até 2023.
Atenta a essas necessidades, a Unipar, empresa líder na produção de cloro e soda na América do Sul e a segunda na produção de PVC na região, é parceira da Fundação Projeto Pescar, tendo investido R$ 400 mil em cada uma das duas turmas do curso de Iniciação em Produção Industrial na Unidade Pescar Unipar, na fábrica de Santo André, região metropolitana de São Paulo.
“Programas como o Projeto Pescar são importantes pois possibilitam o acesso de jovens em situação de vulnerabilidade social a cursos socioprofissionalizantes que geram crescimento profissional e pessoal para os participantes”, analisa Mauricio Russomanno, CEO da Unipar.
No primeiro semestre de 2022, 12 jovens finalizaram a segunda turma na Unidade Pescar Unipar. A próxima turma do projeto irá selecionar 20 jovens, entre 16 e 19 anos, para o curso de Produção Industrial, com duração de seis meses e no formato presencial pela primeira vez desde o início da parceria.
"É uma grande alegria contar com a Unipar como parceira no Ecossistema de Transformação Social Pescar. Este novo modelo, com sua metodologia diferenciada e o uso de trilhas de aprendizagem para acesso dos adolescentes e jovens, em plataforma específica da Fundação Projeto Pescar, trará subsídios para a análise dos resultados. Assim, será possível disponibilizar a outras parceiras futuramente”, avalia Sílvia Regina dos Santos, gerente do Programa Social Pescar
Os cursos na Unidade Pescar Unipar são divididos em quatro frentes: Desenvolvimento Pessoal e Cidadania, Base comum profissional, Base comum do eixo e Temas específicos. Temas como relacionamento interpessoal e grupal, família, sustentabilidade, empreendedorismo, gestão da qualidade, informática, matemática fundamental e aplicada, gestão da produção, tecnologia dos materiais, máquinas industriais e processos de produção, introdução à eletricidade e soldagem são algumas das aulas ofertadas.
Outra atividade do programa para o curso é a criação de uma miniempresa pelos jovens. Para isso, os alunos contam com aulas de empreendedorismo para aplicar conceitos de planejamento e estratégia no desenvolvimento da companhia.
“Nesse curso os alunos são orientados a elaborar o planejamento e a estratégia, além de criar possibilidades de trabalhos em equipe, empatia, organização, serem éticos e cidadãos entre outras habilidades. Tudo isso tendo como foco manter o protagonismo dos jovens participantes”, explica Russomanno.
Os cargos nessas empresas são divididos entre os jovens e a comercialização dos produtos é feita em um estande de vendas dentro da unidade da Unipar em Santo André. A turma formada neste ano destinou todo o dinheiro arrecadado para a ONG de proteção animal “Clube dos Vira Latas”, que atua com o resgate, assistência e subsistência de animais vítimas de maus-tratos ou em situação de abandono em Ribeirão Pires, na região metropolitana de São Paulo.
Cada aluno recebe um tablet, um chip com acesso à internet - para que tenham acesso aos conteúdos também fora da sala de aula, uma cesta básica mensal, vale-transporte e seguro de vida. Além disso, os jovens podem realizar refeições dentro da unidade, como café da manhã e almoço.
“A capacitação dos jovens participantes contribui para a evolução nos campos pessoal, socioafetivo, além de técnico e profissional, por meio dos conceitos de autoconhecimento, saúde, vivência, relacionamento interpessoal e em grupo”, finaliza Russomanno.