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Humor

Frases da Semana: “É possível combater o crime sem dar um tiro”

Jandira Feghali é destaque nesta edição do Frases da Semana.
Jandira Feghali é destaque nesta edição do Frases da Semana. (Foto: Montagem sobre foto de Mario Agra/Câmara dos Deputados)

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“Homem gritar é coisa de macho. Mostra que ele é forte, firme, corajoso... que ele é o líder, é o cara. E nós, se a gente grita? Louca, histérica” – Soraya Thronicke, senadora (Podemos-MS). Uma tentativa interessante de dar aos próprios barracos o status de debate parlamentar. 

“Eu prefiro ficar com a pecha de ter gastado mais, mas não ficar com a pecha de caloteiro” – Fernando Haddad, culpando Bolsonaro pelo rombo fiscal. Concordo, Haddad: estourar o cartão e deixar a fatura pro próximo pagar deve ser uma delícia. 

“Este diploma não é meu, é de 215 milhões de brasileiros” – Lula, após receber mais um título de doutor honoris causa.  Lula recebendo algo que não devia e colocando no nome dos outros... já vimos esse filme antes. 

“Fiéis a nossos princípios” – Conselho Norueguês da Paz, que representa 17 ONGs, ao cancelar homenagem à vencedora do Nobel da Paz, María Corina Machado. Fidelidade, escrita com F de Fidel. 

“Ela tem doutorado, uma história de vida” – Camilo Santana, ministro da Educação, defendendo indicação da esposa, doutora em Ciências da Saúde, como conselheira do Tribunal de Contas do Ceará. Um currículo realmente impressionante, especialmente pela sólida experiência como esposa de ministro. 

“Na década de 1950, a Europa foi o palco de um grande conflito: a 2ª Guerra Mundial” – material didático da Rede Estadual de Ensino de SP, sobre o conflito que durou de 1939 a 1945. No Brasil, até o passado dos outros é incerto. 

“Aliança LGB rompe com TQIA+ e prega contra identidade de gênero” – informa a Folha de S.Paulo. A sopa de letrinhas virou batalha naval. 

“Tem deputado aqui que, além de usar o nome pejorativo de Zé Chuvisco, fica tirando onda com essa comissão” – Zé Trovão, deputado federal (PL-SC), denunciando bullying na Câmara. Calma, Zé. Não chora muito, senão te rebaixam pra Zé Garoa. E se insistir, vira Zé Orvalho. 

“Casamento entre Novo e PSD tem tudo para dar certo” – Romeu Zema, governador de MG (Novo), sobre aliança com partido de Gilberto Kassab. Novo e PSD, Vini Jr e Virgínia na mesma semana. Será que andaram hackeando o Tinder? 

“Quando você precisa se mover rápido, o Agilo transporta seus tesouros, silencioso como um sussurro” – propaganda da Böcker, empresa alemã cuja escada elevatória foi usada no roubo ao Louvre. É praticamente a urna eletrônica da museologia. 

“Sou fruto das leis de incentivo à cultura” – Wagner Moura, ator. Se esse é o fruto, talvez seja hora de parar de regar a árvore. 

“É uma lenda urbana dizer que a Corte Suprema do Brasil é monocrática. Isso é uma mentira deslavada” – Dias Toffoli, ministro do Supremo (STF-SP). Por decisão monocrática do relator, fica estabelecido que o STF não é monocrático. Publique-se, cumpra-se e finja-se que faz sentido! 

“Que nós possamos, no futuro, trocar a carteira de trabalho pelo cartão do Bolsa-Família” – Wellington Dias, ministro da Assistência Social. Melhor não perguntar se foi gafe, vai que o plano é esse mesmo. 

A Semana do Molusco 

“Fiz uma frase mal colocada nesta quinta e quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado” – Lula, após afirmar que traficantes são vítimas dos usuários. A frase foi tão mal colocada que acabou saindo pela boca quando deveria ter saído por um lugar impublicável nesta gazeta de família. 

“Lula acaba escorregando, falando de forma errada sobre um tema extremamente grave” – Gerson Camarotti, comentarista da GloboNews, justificando a fala absurda de Lula. Escorregou, sim – mas com a graça e elegância de um patinador artístico. E levou nota 10 dos jurados amigos. 

“As declarações dele foram um tiro no pé. Serão usadas pela oposição ao longo de toda a campanha eleitoral, ma, é preciso entender o que ele quis dizer...” – Demétrio Magnoli, comentarista da GloboNews, explicando que Lula não disse o que disse. Mal posso esperar pelo Dicionário Lulês-Português do Magnoli – quem sabe assim a gente finalmente entende o que ele quis dizer sobre “bater em mulher só fora de casa” e “democracia relativa”.  

“Lula já conseguiu o que queria. A negociação pode até dar errado, mas conseguiu a imagem para a campanha de 2026” – Octávio Guedes, analista da GloboNews, sobre encontro de Lula com Trump. Ué... o STF não tinha proibido usar evento oficial pra fazer campanha? 

“Eles tinham um plano para matar a mim, meu vice-presidente e o presidente [sic] Alexandre de Moraes” – Lula, sobre a suposta trama do “golpe”. Finalmente admitiram? Acabou o teatrinho? A vantagem é que a primeira-dama já vem previamente sancionada, reduzindo o risco de passarmos vergonha no exterior. 

Lulacaio do Imperialismo 

“Ainda não tem exigência dele nem minha” – Lula, após reunião com Trump para discutir tarifaço. Aproveito pra informar que as negociações do meu passe com o Real Madrid também seguem sem exigências de nenhuma das partes. O clima é amistoso, e todos concordam que a bola é redonda e o gramado é verde.  

“Não é da sua conta” – Donald Trump, respondendo a jornalista brasileira que perguntou se Jair Bolsonaro estava na pauta para reunião com Lula. Inaceitável essa falta de respeito com uma subsidiária da SECOM. 

“Mais um gol, fruto do lançamento preciso da diplomacia brasileira e do cabeceio certeiro do Lula, no ângulo da negociação” – Simone Tebet, ministra do (sub-)Desenvolvimento, arriscando metáfora futebolística para comemorar encontro de Lula com Trump. Depois desse golaço, o jogo continuou no zero a zero. 

“Ele sabe que rei morto, rei posto. O Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira” – Lula, bravateando após encontro com Trump. No país onde o bobo da corte ressuscitou e virou rei, eu não teria tanta certeza. 

“Faz promessa pra santo, não pra mim” – Lula, respondendo a jornalista que perguntou se Trump teria feito alguma promessa. A julgar pela pinta de Zé Pilintra e a ficha corrida, esse aí não aceita promessa, só oferenda. 

“Com três reuniões que fizer comigo, você vai perceber que Bolsonaro era nada” – Lula, em mensagem para Trump. A primeira é com o Joesley, a segunda com o Marcelo Odebrecht e a terceira com o Eike Batista. 

“O sujeito voou 24 horas até a Malásia para ficar 45 minutos e tirar uma foto com Trump, depois fez meia dúzia de coletivas de imprensa em 12 horas” – Martin De Luca, advogado de Donald Trump, sobre os delírios exibicionistas de Lula. Se pra você já é um absurdo, imagina pra gente que ainda pagou a conta... 

“Se você é favorável ao acordo e coloca alguém com má vontade na mesa de negociação, não tem acordo” – Lula, sobre presença de Marco Rubio nas negociações com o Brasil. É a doutrina do nanismo diplomático: só negociar com quem já concorda com você. 

Esquerdopata 

“Fascistinha que pega marmita na esquina” – Aline Bardy Dutra, influenciadora petista autointitulada “Esquerdogata”, insultando policiais ao ser presa, acusada de injúria racial. Deturparam a luta de classes, agora é entre a esquerda caviar e o proletariado da marmita. 

“Isso vai me fazer deputada federal. Eu vou mandar em vocês todos” – Esquerdogata. É a primeira petista que começou a carreira pelo final. 

“Já foi para a Europa, meu amor?” – Esquerdogata. E você, querida, já foi pra Tremembé? 

Hell de Janeiro 

“A caneta mata mais do que o fuzil” – Oruam, funkeiro filho do traficante Marcinho VP, após megaoperação policial no RJ. Considerando que Tim Lopes tinha uma caneta e o seu tio, Elias Maluco, tinha um fuzil, eu ouso discordar. 

“É possível combater o crime sem dar um tiro” – Jandira Feghali, deputada federal (PCdoB-RJ). Sim, tudo se resolve na base da roda de capoeira e oficina de papel machê. 

“O Rio está sozinho nessa guerra” – Cláudio Castro, governador do RJ (PL), sobre confrontos com o crime organizado. Calma, assim que a chapa esfriar e o perigo for embora, nossas valorosas Forças Armadas estarão prontas para se juntar ao combate... contra o mato alto e os meio-fios desbotados que tanto ameaçam os cariocas. 

“A gente decifrou muito mal o crime no Brasil. Tudo o que é importante no crime acontece no andar de cima” – Ricardo Balestreri, especialista em direitos humanos. A gente até que decifrou bem. O problema é que foram lá e “desdecifraram”. 

“Ajudem nossos irmãos do CPX” – mensagem do Comando Vermelho, intimando moradores a colaborar com a facção. Político é fogo... na época de eleição, sobe o morro, bota bonezinho de facção e pede voto. Depois, some e deixa a “comunidade” se virar sozinha. 

“Aquelas foram as verdadeiras quatro vítimas” – Cláudio Castro, sobre os quatro policiais entre os 128 mortos em confronto. Pela matemática do Lula, seriam 124 as vítimas

“Na mata é Vietnã” – Vinicius George, delegado da polícia civil do RJ, denunciando supostas execuções em operação contra o tráfico. Na mata é Vietnã. No asfalto é Faixa de Gaza. No morro... bem, aí é Rio de Janeiro mesmo, o que às vezes é até pior. 

“Eu não sei se são todos bandidos” – Reinaldo Azevedo, blogueiro, reclamando com apresentador que anunciou “60 bandidos mortos” em confronto com a polícia no RJ. Pois é, às vezes o sujeito só estava passeando no mato com seu fuzilzinho de estimação e não tinha nada a ver com a história. 

“O maior criminoso do estado do Rio de Janeiro está solto e dando entrevistas” – Gláuber Braga, deputado federal (PSOL-RJ), criticando o governador do estado. Dizem que o tal criminoso está viajando o mundo e até postando selfie com o Trump. 

“A nossa equipe entendeu que não era uma operação razoável para que a gente participasse” – Andrei Rodrigues, chefe da PF de Lula e Moraes. Quando a “dama do tráfico” toma cafezinho no Ministério da Justiça e o ministro sobe o morro sem escolta, fica mesmo difícil saber o que seria uma operação razoável. 

“Um minuto de silêncio por todas as vítimas dessa operação no RJ” – Guilherme Boulos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, em discurso onde assumiu o cargo. A operação teve ao menos um resultado positivo: calou a boca do Boulos por um minuto. 

“Bogotá pacificou com escolas, bicicletas e urbanismo. O Rio tentou com fuzis” – Mari Valentim, urbanista que se identifica como transgênero. Vamos fazer um teste? Na próxima operação do Bope, se voluntarie pra subir o morro de bicicleta e prancheta na mão. 

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