“Não é a primeira vez que o nome Barbie está a serviço do demônio! Esse era Klaus Barbie, oficial da SS nazista. Protejam seus filhos de qualquer linha ideológica de Barbie!” – Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação (!) e, pelo visto, a Giovanna Madalosso da direita. Calma, é apenas um filme sobre uma boneca.
“Barbie-me-ei” – Michel Temer, ex-presidente, em vídeo em que foi transformado no Ken, namorado da Barbie. Depois apagou. Assim como no Ken original, faltaram cojones.
“Não é mais 1937. Ela não vai ser salva pelo príncipe e não vai sonhar com o amor verdadeiro, vai sonhar com se tornar a líder que ela sabe que pode ser” – Rachel Zegler, atriz, sobre a Branca de Neve que ela vai interpretar no novo filme da Disney. Detalhe: nem todos os anões serão anões, em nome da diversidade. Não sei vocês, mas neste caso prefiro morder a maçã.
“Milhões e milhões de brasileiros são presos e violentados porque entraram numa padaria e roubaram um pãozinho” – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente. A regra é clara: para ficar impune, não se rouba o pão, se faz conluio com a empreiteira que constrói a padaria.
“Assisti só meio tempo porque era muita mulher e eu sozinho de homem. Eu resolvi me mancar” – Lula, sobre a Copa do Mundo de futebol feminino. Nenhuma feminista deu um pio para criticar o presidente.
“Depois de meio século, vamos voltar à Lua para aprender a existir por um longo tempo no espaço” – Bill Nelson, administrador da Nasa que visitou o Brasil, em coletiva um dia depois de Lula criticar visitas à Lua porque ‘tem gente que não tem espaço pra morar aqui na Terra’. Depois desse vexame, há mais um motivo para mandar certo político para o espaço.
“Quase um Fidel Castro, quatro mandatos lá, o camarada Alckmin” – Flávio Dino, ministro da Justiça, sobre os mandatos do vice-presidente tucano Geraldo Alckmin como governador de São Paulo. Para ficar bem claro que a direita permitida é a direita humilhada.
“Acataremos qualquer nome que venha. A conversa será técnica, ele será muito bem-vindo” – Simone Tebet, ministra do Planejamento, sobre a indicação de Marcio Pochmann, um militante radical que atacou até o Pix, para presidir o IBGE. Outra humilhada tentando manter a compostura.
“Sustento projetos de lei, decisões judiciais ou investigações da Polícia Federal que sejam coerentes com essa atitude de combate ao perigosíssimo nazifascismo do século 21, que mata crianças em escolas, destrói o prédio do Supremo e se acha autorizado a agredir pessoas por questões políticas” – Flávio Dino, defendendo seu pacote de mais censura e mais autoritarismo inventando conexões onde não existem.
“Todo evangélico deve orar para que o Governo Lula dê certo”
– Marcelo Crivella, deputado federal e pastor da Igreja Universal. Ele só não disse para quem rezar, qual entidade invocar.
“Por que Lula é o presidente mais negro da história do Brasil” – Grupo Prerrogativas, de advogados petistas, em título de texto publicado em seu site. Nilo Peçanha que se cuide, aquele escandinavo.
“Ditadura é regime de ódio. Democracia é baseada no afeto libertador” – Cármen Lúcia, ministra do STF. Meses atrás ela disse que a liberdade é um sentimento. Uma das forças mais autoritárias dos nossos tempos é justamente o sentimentalismo barato que quer proteger sentimentos subjetivos calando bocas.
“O problema não é Bolsonaro chamar você de jumento, presidente. É ele não perceber que ao fazê-lo isso o torna um ser ainda mais idiota porque até um jumento consegue vencer ele” – Choquei, conta de rede sociais que faz imitação de jornalismo e bajula o presidente desde a campanha, fazendo comédia involuntária.
“Vou trair o Valdemar [Costa Neto] hoje, vou dormir com o Tarcísio [de Freitas]” – Jair Bolsonaro, ex-presidente, continuando seu hábito de metáforas conjugais para suas alianças políticas.
“Eu me sinto orgulhoso de ainda poder ser contestador, perigoso de alguma forma. Não quero ser só o tiozão finalista de Jabuti” – Santiago Nazarian, escritor, falando de seu novo livro ‘Veado Assassino’, em que um jovem ‘não-binário’ mata um personagem que é óbvia referência a Bolsonaro. Se ele acha que isso é contestar alguma coisa e não ser tiozão, temos más notícias.
“Sou viciado” – Alexandre Pedroso Ribeiro, médico, acusado de guardar 63 kg de cocaína em um condomínio do Guarujá. Depois que o STF inocentou dois traficantes presos com 695 quilos de cocaína porque invalidou as provas, tudo é possível.
“Consegui punir esse pivete no CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público]” – Renan Calheiros, senador, sobre o deputado cassado (e nosso colunista) Deltan Dallagnol. O cacique de Alagoas não está listado entre os membros do órgão. Confissão de aparelhamento?
“O Sleeping Giants Brasil nunca pregou boicote a nenhuma empresa” – Sleeping Giants Brasil, grupo obscuro de ativismo pró-censura que tenta calar indivíduos e empresas de mídia, inclusive a Gazeta do Povo, pressionando seus anunciantes. Além de censores, são chegados a uma inverdadezinha.
“A Marlene [Mattos] é que mandava elas pintarem o cabelo de loiro e dizia ‘não pode contar para a Xuxa’. Eu realmente deixei minha vida na mão dela, me doei por completo” – Xuxa Meneghel, tentando colocar a culpa na diretora pelas antigas obsessões com loirice que pegam mal em tempos identitários.
Memória
“Use Wellaton, o xampu que lava colorindo. Ou você pensa que todas as paquitas nasceram loiras, hein?” – Xuxa Meneghel, em propaganda na TV veiculada em 1997. Xi... xacanagem dos invextigadores da rede social X (Twitter).
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