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“Vossas excelências são pessoas odiadas neste país”
“Vossas excelências são pessoas odiadas neste país”| Foto: Balão de diálogo feito com Phrase.it sobre imagem da TV Justiça

“Todas as mulheres sofrem isso nessa gestão desde o início, especialmente da direita” — Ana Moser, ex-ministra do Esporte, demitida para dar lugar a André Fufuca, reclamando do que ela chamou de tentativa da direita de diminuir as mulheres no governo Lula. Mas quem a demitiu não foi o Lula? O que a direita tem a ver com isso, gente?

“Odeia odor corporal? É bem provável que você seja de direita” — manchete do jornal inglês The Guardian, que é bem progressistinha. Então quer dizer que agora dá pra saber a inclinação política das pessoas só pelo cheiro.

“Meu sorriso e minha alegria nunca significarão falta de empatia e solidariedade pelo próximo” — Janja Lula, primeira-dama do Brasil. Esta foi a resposta da primeira-turista após ser criticada por fazer uma dancinha ao chegar na Índia, enquanto o Rio Grande do Sul (ignorado pelo Janjo) registrava dezenas de mortes por causa das enchentes.

“Mas vossas excelências têm que ter a consciência que são pessoas odiadas neste país”  

Sebastião Coelho da Silva, advogado e desembargador aposentado, se dirigindo aos ministros do STF durante a defesa que fazia de um réu acusado no julgamento dos atos violentos do dia 8 de janeiro.

“Esses extremistas que não gostam do Supremo Tribunal Federal são a minoria” — Alexandre de Moraes, em resposta à fala do desembargador Sebastião Coelho da Silva. E completou de uma forma esquisita, dizendo que “isso ficou demonstrado nas urnas”. Alguém aí votou no Xandão?

"Bendita democracia que permite que alguém, que mesmo nos odiando, pode, por garantia dos próprios juízes, vir e dizer a eles sobre isso" — Cármen Lúcia, ministra do STF. Mas, ministra, ele não disse que os odiava pessoalmente, apenas afirmou que vossas excelências são odiadas. Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, dia 15, mostrou que 20% confiam na corte, 40% confiam "um pouco" e 38% não confiam.

“Reitero que fake news é crime” — Flávio Dino, ministro da Justiça. Pois é, a maior ironia desta história é que “fake news” não é crime. Sorte do próprio Dino, que espalhou fake news com essa afirmação. Chegou a até tomar uma checada no Twitter.

"Já ficou para trás o tempo em que se imaginava que a internet pudesse ser livre, aberta e não regulada" — Luís Roberto Barroso, ministro e futuro presidente do STF. Barroso ainda disse que as "fake news têm sido utilizadas como um instrumento para o extremismo político". Ok, isso quer dizer que vossa excelência vai punir a fake news dita pelo Flávio Dino?

"Diz o pequeno príncipe: os fins justificam os meios” — Hery Waldir Kattwinkel, advogado que defende um dos réus do julgamento do 8 de janeiro no STF, confundindo 'O Pequeno Príncipe', de Antoine de Saint-Exupéry, com 'O Príncipe', de Nicolau Maquiavel. Só para esclarecer, a frase famosa de 'O Pequeno Príncipe' é: "Você é eternamente responsável por aquilo que cativou".

“Não analisou nada e só não é mais triste porque ainda confundiu ‘O Príncipe’, de Maquiavel, com ‘O Pequeno Príncipe’, de Antoine de Saint-Exupéry, que são obras que não têm absolutamente nada a ver" — Alexandre de Moraes, ministro do STF, que, ao tentar demonstrar toda sua erudição, errou a pronúncia do autor de 'O Pequeno Príncipe'. Logo ele, que tanto vai a Paris...

“Dia do Sexo: você já transou com uma mulher gorda?” — Jessica Balbino, em sua coluna no jornal O Estado de Minas. “É cansativo ser lida como não-humana, dessexualizada, ou, na melhor das hipóteses, ser hipersexualizada e fetichizada, como um pedaço de carne no balcão, exposto.” Uma lição de história: Assis Chateaubriand, fundador do grupo Diários Associados, que inclui O Estado de Minas, era reconhecidamente um apreciador das mulheres obesas. Está no livro ‘Chatô, o Rei do Brasil’, de Fernando de Morais. Só não sei se Chatô apreciaria um texto desses publicado em seu jornal.

“Marina Sena é f*da, Jão é f*da, Pabllo Vittar é f*da, Iza é f*da, Ludmilla é f*da, Anitta é f*da, Gloria Groove é f*da, eu sou f*da. Isso independe da opinião de vocês” — Luísa Sonza, cantora, emulando uma fala antiga de Caetano Veloso, em que essencialmente falava a mesma coisa citando outros cantores, como Chico Buarque e Milton Nascimento. F*da mesmo é ouvir essa turma.

“Se meu celular vai ajudar alguém a comer ou vestir melhor, está em bom uso, eu compro outro” — Luis Persechini, autointitulado “empreendedor, economista e influenciador de finanças”, comentando sobre seu celular que foi roubado. Imagine quando descobrir que o iPhone dele virou moeda de troca na Cracolândia.

“Acho muito louco a pessoa ter que COMPRAR remédio. Tipo é uma parada que você precisa para viver, sobreviver mesmo, ter condição física ou mental para existir e funcionar e ter que PAGAR por isso” — João Alho, médico, em post no Twitter. O que será que andam ensinando nas faculdades de medicina?

“O Neymar Jr é o gatinho da fábula do futebol que estou contando, porque de todos os gols que fez nenhum deu um título à seleção brasileira principal, nem de Copa América e muito menos em Copas do Mundo” — Walter Casagrande, comentarista esportivo e autor de oito gols pela Seleção Brasileira, criticando Neymar, autor de 79 gols pela Seleção.

Cantinho da esquerda brigando entre si 

“Eu digo, sem medo: Paulo Pimenta é um mau-caráter” — Jean Wyllys, ex-BBB, falando do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom).

“É possível suspeitar, no humor do vale tudo, pelos antecedentes, que Duvivier esteja querendo uma mulher negra no Supremo para dispor de material novo para o humor racista do seu Porta dos Fundos” — Moisés Mendes, colunista do site lulista Brasil 247, criticando a campanha do humorista Gregório Duvivier pela indicação de uma jurista negra ao STF.

“Pinochetinho” — Daniel Ortega, ditador da Nicarágua, em uma tentativa de ofender o presidente do Chile, Gabriel Boric. Ortega também chamou Gustavo Petro, presidente da Colômbia, de “traidor”.

Os negacionistas do Tribunal 

“Se eu for presidente do Brasil e ele for para o Brasil, não há por que ele ser preso. Ele não vai ser preso” — Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, afastando a possibilidade de prender Vladimir Putin, presidente da Rússia e acusado de vários crimes no Tribunal Penal Internacional, na Cúpúla do G20, que será realizada no Brasil ano que vem.

“Eu nem sabia da existência desse tribunal” — Lula, mentindo descaradamente. Ou ele se esqueceu de que foi em seu primeiro governo que foi aprovada a adesão do Brasil ao Tribunal Penal Internacional. Além disso, sua defesa jurídica considerou levar ao TPI uma “denúncia” contra a Lava jato. E mais: o mesmo Lula disse que Bolsonaro devia ser julgado no TPI.

“O TPI é de algumas nações e não de todas, e é esse o alerta que o presidente fez, na necessidade de haver igualdade entre os países. Ou bem todos aderem ou não faz sentido um tribunal que seja para julgar apenas uns e não outros” — Flávio Dino, fazendo malabarismo retórico para defender o chefe.

Memória 

“Prender para delatar tem um nome: tortura” — Augusto de Arruda Botelho, secretário Nacional de Justiça. Questionado sobre Mauro Cid, o ajudante de ordens de Bolsonaro, que ficou preso até delatar, ele se saiu com a desculpa de que a situação era “completamente diferente”. Pelo jeito, coerência não é o forte do secretário do Dino.

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