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“Adoro quando um homem diz que posso mandar nele” – Cármen Lúcia
“Adoro quando um homem diz que posso mandar nele” – Cármen Lúcia| Foto: Modificado de Fernando Frazão/Agência Brasil

“Por que economia vai bem sob Lula, mas PT não é favorito em nenhuma capital?” –Wanderley Preite Sobrinho, jornalista do UOL. Nosso intrépido repórter se arriscará em uma jornada inédita ao mundo real para tentar desvendar esse mistério.

“Ele não é ninguém. Isso é ser ingrato” – Jorge López Marco, ex-jogador do Real Madrid, sobre pedido de Vini Jr para que Espanha perca direito de organizar a Copa de 2030 por acusações de racismo. Imagino que as bananas que os espanhóis jogam nele são apenas pra ajudá-lo a abrir uma quitanda.

“Claro que nem todas as culturas são igualmente válidas” – Kemi Badenoch, candidata a líder do Partido Conservador britânico. Setores mais progressistas logo criticaram Kemi por seu preconceito, apontando que são justamente essas atitudes que levam mulheres a serem apedrejadas em culturas que, olha só, não são menos válidas por isso.

“Como mulher lésbica, a gente sofre historicamente por descredibilidade. Para mim, a palavra da mulher basta” – Daniela Mercury, cantora LGBTQIA+, sobre denúncia de assédio de Anielle Franco contra o ex-ministro Silvio Almeida. Nájila Trindade teria agradecido o apoio.

“Um importante chamado aos cidadões (sic) globais"

Janja Lula da Silva, convocando o mundo a se unir contra a fome, durante passeio no Central Park em NY. Parece que a Janja andou tendo aulas de português com o Lula.

“Por que eu tenho que falar da Venezuela em todo lugar?” – Lula. Venezuela feia pode até ter pai adotivo, mas parece que o tio biológico já saiu de fininho.

“Me declarei culpado por ter feito jornalismo” – Julian Assange, jornalista do WikiLeaks, libertado após passar cinco anos preso. No Brasil, esse é um crime do qual muitos jornalistas são inocentes — e ainda têm álibis de sobra para provar.

“Após suspensão do X, usuários relatam melhora na saúde mental” – manchete da Revista Veja. Quem diria que o problema do brasileiro era a falta de censura? A imprensa “livre” diria.

“Se ainda fosse uma TV relevante para falar que tenho exposição, mas que exposição tem em uma TV com um traço de audiência?” – Pedro Paiva, ex-correspondente da RedeTV!, ao pedir demissão alegando falta de pagamento. Exposição na RedeTV!? Só se for ao risco de um telespectador te ver por acaso e ainda pensar que você faz parte da equipe.

“Lula envenena a imagem de Lula” – Josias de Souza, colunista do UOL. Isso acontece quando a jararaca morde o próprio rabo.

“Eles pensam que não devem pedir perdão, porque vieram salvar os mexicanos, mas vamos continuar insistindo” – Claudia Sheinbaum, presidente do México, sobre exigir perdão da Espanha por ter colonizado o país. E o meme dos progressistas reclamando da “extrema-direita” ter acabado com os sacrifícios humanos no México virou realidade...

“A gente precisa descolonizar o gosto” – Bel Coelho, chef de cozinha e influenciadora digital, sobre a importação de padrões culinários europeus. Não percam o Foie Gras à Pindorama da Bel, onde um pobre ganso é alimentado com as sandices que ela fala, até o fígado explodir. É como passar meia hora lendo a timeline dela, mas com um toque extra de glamour.

A Festa da Democracinha

“Melhor respeitar a democracia do que apanhar. Esse foi um dos ensinamentos maiores dessa campanha” – José Luiz Datena, candidato à prefeitura de SP (PSDB). O respeito à democracia é fundamental: cadeiradas, só da cintura para cima.

“Dá uma chance para alguém que é resistente. Alguém que não reage quando alguém te agride” – Pablo Marçal, candidato à prefeitura de SP (PRTB). É o nosso Gandhi de Taubaté.

“Robô, graças ao bom Deus, não vota” – Tabata Amaral, candidata à prefeitura de SP (PSB). Robôs ainda não votam, mas, pelo visto, já estão se candidatando.

“Quero te pedir algo: tenha um encontro íntimo comigo nessa urna” – Pablo Marçal. Avisem ao Marçal que a eleição é para prefeito de SP, não para ministro dos Direitos Humanos.

“E se uma hecatombe acontece, a história é subvertida, a tradição é revolvida e a esquerda não chegue ao segundo turno [em SP]?” – Natuza Nery, jornalista. Se isso acontecer, vai ser dia de luto na redação — pelo fim dos furos de reportagem via zap.

“Mulher não vota em mulher, mulher é inteligente” – Pablo Marçal. É evidente que as mulheres são inteligentes, embora o mesmo não possa ser dito a respeito de uma declaração dessas.

“Nunca usei cocaína. Maconha eu provei uma vez, me deu uma dor de cabeça danada e nunca mais fumei” – Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de SP (PSOL), respondendo à pergunta durante debate. Podemos concluir então que as propostas de Boulos são ruins por conta própria, não têm nada a ver com o consumo de drogas.

“Fiz o exame toxicológico. Faça o seu, Marçal; faça o psicotécnico também” – Guilherme Boulos, durante debate da Rede Globo. Nem precisa de tanto: se acharmos um candidato capaz de passar no teste do Mobral, já estamos no lucro.

“Eu só tenho a dizer que você é uma talarica, Tabata. Você tinha que respeitar as mulheres” – Pablo Marçal, acusando Tabata Amaral de ter se envolvido com o namorado, o prefeito de Recife João Campos (PSB-PE), quando ele ainda seria comprometido. O Boulos perdeu a deixa pra dizer que é melhor votar em quem invade lares do que em quem os destrói.

“O Rio vai ser uma cidade que não vai ter mais gordinho” – Eduardo Paes, atual prefeito e candidato à reeleição no RJ (PSD), prometendo distribuir remédio antiobesidade gratuitamente na rede pública de saúde. Se o Ozempic não acabar com os gordinhos, a falta de remédios para hipertensão e doenças cardíacas por torrarem dinheiro público com Ozempic fará o serviço.

“Eu conheço a realidade das pessoas. Nós iremos distribuir cachaça no carnaval de rua!” – Joaquim Xavier de Souza, candidato a prefeito de Coronel Fabriciano (Rede-MG). Distribuir cachaça no carnaval pode ser bom, mas Rivotril nas eleições seria fundamental.

“Está todo mundo muito fofinho, apertando o olhinho, se comportando nesse debate” – Tabata Amaral, durante debate da Rede Globo. Essa foi uma indireta para o Datena ou estou imaginando coisas?

“Eu sou doida e apaixonada por São Paulo” – Tabata Amaral. Ser doida é normal, já se apaixonar por São Paulo pode ser sintoma de algo mais grave.

“No próximo ano, vai ter um jejum de crime. Eu acredito de verdade que chegou um tempo onde a gente vai experimentar a última geração do crime” – Pablo Marçal. Será que ele tá anunciando um ano sabático?

“O Marçal acusar alguém de extremista é igual a Suzane [von] Richthofen acusar alguém de assassinato” – Guilherme Boulos. Ou então o Boulos ligar para a polícia reclamando que alguém invadiu a casa dele.

Cantinho da Corte

“Há uma institucionalidade por trás do que está sendo feito. Não é um voluntarismo pessoal” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF, sobre decisão de bloquear X no Brasil. Que foi um “Ato Institucional” não há dúvida. Resta saber qual o número, porque o famoso 5 foi há muito tempo.

"O legado que eu queria deixar é a total recivilização do país" — Luís Roberto Barroso, ministro do STF. O ministro que grunhe a frase troglodita “perdeu, mané” agora quer “recivilizar” o país. Melhor já irmos aprendendo a lascar pedras e fazer fogo com gravetos.

“Moraes não está com pressa. A sensação é que ele está ganhando tempo para que o X só volte com as eleições garantidas” – Eliane Cantanhêde, comentarista política. É, eleição não se ganha, se garante...

“Quando um dos times passa a trabalhar para expulsar jogadores do outro, ele deixa de jogar e não quer deixar que o rival jogue” – Luís Roberto Barroso, criticando os múltiplos pedidos de impeachment do colega Alexandre de Moraes. Está explicada a tática do STF Futebol Clube.

“Adoro quando um homem diz que posso mandar nele”

Cármen Lúcia, interpelando Flávio Dino durante sessão do STF.

“Eu treino em casa todo dia com minha esposa” – Flávio Dino, se esquivando, com surpreendente desenvoltura.

“Pois é, duas deve ser até melhor...” – insistiu Cármen Lúcia, com ela não tem essa de “não é não”. Se eu fosse o Flávio Dino, já estaria providenciando um habeas corpus preventivo, ou dois, considerando o tamanho do corpus envolvido.

“A gente não espera que as pessoas depositem seus dissabores na vida, ou ideológicos, diferenças que são, às vezes, o que nos enriquecem” – Cármen Lúcia, sobre suas expectativas para as eleições. E a gente só queria mesmo era poder depositar nossos votinhos de forma honesta.

“Senado analisa sugestão de plebiscito em 2026 sobre monarquia no Brasil” – Agência Senado. Espero que por “monarquia” o Senado não esteja se referindo aos onze arquiduques togados e seu vassalo no Planalto.

Cantinho da Betobrás

“Bolsonaro sentou em cima do problema” – Fernando Haddad, ministro da Fazenda, sobre epidemia das bets. É o Haddad tentando fazer o truque de puxar a própria cadeira para fazer o outro cair.

“As casas de apostas esportivas precisam de uma nova regulamentação imediata no Brasil, principalmente sobre a publicidade” – Felipe Neto, youtuber e ex-garoto-propaganda de bets. Só no Brasil que o papagaio de pirata vira X9 e entrega o pirata.

Hezbollando pela diplomacia

“Foi um professor com quem nós podíamos contar para entender as grandes problemáticas. Inteligentíssimo e muito fino” – Salem Nasser, professor da FGV, lamentando morte do líder do grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah. Sinto muito pelo Hezbollah, que perdeu um professor, mas ainda mais pelos alunos da FGV, que continuam com o deles.

“Carismático e astuto: um olhar sobre o veterano líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah” – manchete da Associated Press, agência de notícias internacional. Lendo isso, quase dá inveja de quem teve o privilégio de ser explodido por um homem tão sensível e culto.

“Condenamos sua incapacidade de responsabilizar o Irã por lançar mísseis balísticos contra 10 milhões de civis israelenses” – perfil oficial do Governo de Israel no X, criticando mensagem do secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre ataque do Irã contra Israel. Já é um milagre a ONU não ter condenado Israel por destruir os mísseis anticolonialistas iranianos.

“É inexplicável que o conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel sente numa mesa para conversar ao em vez de só saber matar” – Lula. Inexplicável mesmo é o Lula reclamando da falta de moral de alguém.

Cantinho da Tia Kam 

“A ciência não é partidária. É patriótica” – Bill Nye, ator americano conhecido por interpretar um cientista na TV, ao declarar apoio a Kamala Harris. A ciência anda mesmo é apátrida depois dos vexames da pandemia.

“Nossa Primeira Emenda é um grande obstáculo para a capacidade de erradicar a [desinformação]” – John Kerry, ex-Secretário de Estado americano, criticando dispositivo constitucional que garante a liberdade de expressão nos EUA. Ele ainda teria comentado, desolado, que a Primeira Emenda é só o começo – depois ainda vão ter que superar todo o resto da Constituição.

“Restringir o direito de uma mulher decidir interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar a ela o controle sobre o próprio corpo” – Melania Trump, ex-primeira-dama americana, em suposto trecho de sua autobiografia, a ser lançada este mês. E eu pensando que, para ela, as decisões mais importantes sobre o corpo de uma mulher se resumiriam às quantidades ideais de botox e silicone.

“Eu me tornei amigo dos atiradores de escolas” – Tim Walz, companheiro de chapa de Kamala Harris, em gafe durante debate de candidatos à vice-presidência dos EUA. Ato falho à parte, talvez seja hora de botar um silenciador na boca e um colete à prova de balas nos pés.

“Eu sou um cabeça-oca” – Tim Walz, explicando mentira sobre sua presença na China durante o Massacre da Praça da Paz Celestial, em 1989. Ele só diz isso para parecer mais inteligente que a Kamala Harris.

“Olhos arregalados às vezes podem ser um sinal de surpresa, mas para Walz, isso apenas revelava sua intensidade emocional” – Politico, site americano, analisando a linguagem corporal de Tim Walz durante debate. Intensidade emocional mesmo é o que revela a boca aberta dos “checadores de fatos”.

Memória

“Não façam isso” – Kamala Harris, durante entrevista em outubro de 2023, quando perguntada qual seria sua mensagem ao Irã sobre se envolver em conflito direto com Israel. Quem mandou esquecer a palavrinha mágica no final, deu no que deu...

Ari Fusevick é brasileiro não-praticante, escreve sobre filosofia, economia e política, na margem entre o inconcebível e o indesejável. Colabora com a Gazeta do Povo, Newsmax e New York Post. Autor da newsletter "Livre Arbítrio" e do livro "Primavera Brasileira".

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