No Em Alta desta semana, o comentarista Guilherme Oliveira destaca e analisa a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que comparou o inquérito do suposto golpe com o famoso caso de corrupção que ocorreu no primeiro mandato do presidente Lula (PT), o Mensalão.
Na visão do ministro, a suposta tentativa de golpe é mais grave que a roubalheira real promovida pelo Partido dos Trabalhadores e os partidos aliados à época. Para Guilherme Oliveira, a comparação é, no mínimo, curiosa, já que parte de um dos integrantes da Suprema Corte do país, que possui interesses diretos na condenação dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
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Gilmar Mendes minimiza embate entre Moraes e os EUA
Gilmar Mendes anda com a língua afiada. Sobre a denúncia da PGR contra Bolsonaro no caso da suposta tentativa de golpe, o ministro afirmou na última terça (25): “No Mensalão se fala: ‘Ah, está se corrompendo a democracia, a compra de votos e coisa’. Aqui [denúncia por tentativa de golpe] é uma coisa muito mais grave quando se fala de matar o presidente da República, matar o vice-presidente, matar ministro do Supremo, prender outros, fazer uma intervenção”.
Segundo as investigações da Polícia Federal, o plano de golpe incluía o assassinato do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. Gilmar Mendes classificou o trabalho da PF como “exemplar”.
Poucos dias depois, na quinta (27), foi a vez de minimizar as críticas que os Estados Unidos têm feito por decisões da Suprema Corte brasileira – principalmente de Alexandre de Moraes. Ele classificou o embate como exagero, dizendo que as críticas de republicanos e do empresário Elon Musk a Moraes não representam uma ameaça ao STF nem prejudicam as relações diplomáticas.
“Isso está sendo muito maximizado, sabe? […] Não há por que ter preocupação. Os parâmetros que estamos adotando são os parâmetros que a União Europeia está adotando em relação à retirada de conteúdo”, declarou o ministro a jornalistas.
O embate entre Alexandre de Moraes e empresas americanas ganhou novo fôlego, nas últimas semanas, ao envolver a Justiça dos EUA e até o presidente Donald Trump. No último dia 19, o Rumble e a Trump Media acionaram a Justiça americana contra Moraes, argumentando que o ministro brasileiro violou a soberania do país ao ordenar a exclusão de contas de uma rede social sediada nos EUA.
Dias depois, o ministro brasileiro determinou a suspensão do Rumble no Brasil, medida semelhante ao X no ano passado, por descumprimentos das ordens judiciais. No entanto, uma juíza de um tribunal da Flórida decidiu favoravelmente à plataforma de vídeos Rumble e a Trump Media, concluindo que não são obrigadas a cumprir ordens expedidas por Moraes.
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O programa Em Alta promove uma análise política ácida, sem medo e cheia de boas sacadas, pautada por um tema pertinente da semana. Com comentários de Guilherme Oliveira, o programa vai ao ar todas as terças, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.
