Na edição desta quarta (13) do Em Baixa, Thiago Melo conta por que o Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou na Câmara dos Deputados uma nova versão do “PL das Fake News”, também conhecido como o novo "PL da Censura". O novo projeto de lei (PL 4.144/2024), do deputado Pedro Uczai (PT-SC), propõe regulamentar o conteúdo nas plataformas digitais, com foco no "combate à desinformação". Teria até agência reguladora para fiscalizar a aplicação das novas regras.
E ainda no escopo do “festerê do PT” vem aí o Janjapalooza, o festival que ganhou esse carinhoso apelido por contar com a organização de ninguém menos que a primeira-dama Janja Lula da Silva. Nomes como Alceu Valença, Ney Matogrosso, Daniela Mercury, Fafá de Belém e Zeca Pagodinho estão entre as 30 atrações do festival, custando um valor “simbólico” de R$ 900 mil. Quem será que vai pagar a conta?
Deputado do PT propõe novo "PL da Censura"
Após um desempenho ruim da esquerda nas eleições municipais e o crescimento da direita em grandes cidades, o Partido dos Trabalhadores voltou ao tema da regulamentação das redes sociais. Dessa vez a proposta vem do deputado Pedro Uczai (PT-SC), a pedido da presidente do partido, a deputada Gleisi Hoffmann.
O deputado diz que a medida é essencial para “proteger a democracia e evitar que campanhas de desinformação comprometam o debate público”. Ao apresentar o projeto, ele diz ainda que há necessidade de combater a proliferação de informações falsas para proteger "eleitores contra campanhas de desinformação que manipulam a realidade e distorcem os fatos com objetivos escusos”.
Janjapalooza paga "cachês simbólicos" que somam R$ 900 mil
Anunciado pelo governo federal como “uma grande ação cultural de combate à fome e à pobreza”, o Rio de Janeiro recebe na próxima semana, de 14 a 16 de novembro, o Aliança Global Festival, que vem sendo chamado informalmente de “Janjapalooza”, por ser organizado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Cultura, parceiro na organização, todos os artistas do festival vão receber o mesmo valor: um "cachê simbólico" de R$ 30 mil. Sendo assim, no total, serão pagos R$ 900 mil somente em cachês. A entrada será gratuita.
O evento musical, de acordo com o governo, quer celebrar a diversidade da cultura brasileira, reunindo grandes nomes da música nacional para "engajar a todos no compromisso do Brasil de liderar a Aliança Global em defesa de um mundo sem fome e pobreza".
Apesar da justificativa, nem Janja nem o governo informaram como os shows devem estimular o combate à fome e à pobreza. A Gazeta do Povo também questionou o Ministério da Cultura sobre a existência de iniciativas nesse sentido, como doações, mas também não teve retorno.
Assista ao Em Baixa todas as quartas e sábados
Política com humor, humor com política. É assim que o comentarista Thiago Melo conduz o Em Baixa, que aborda o lado tragicômico do noticiário. O programa vai ao ar todas as quartas e sábados, às 8h, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião