No Programa Em Baixa desta quarta (30), Thiago Melo comenta a anulação pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de todos os atos processuais conduzidos pelo ex-juiz Sergio Moro contra o "companheiro" José Dirceu na Lava Jato. Com isso, Dirceu, que estava inelegível e com saudades do Congresso, pode voltar a ocupar um posto na casa.
Mas se a decisão do ministro Gilmar Mendes causa indignação, imagina a proposta do governo de usar recursos dos fundos de pensão das estatais para financiar obras do Novo PAC. Teve até manifesto dos participantes pedindo o fim da proposta, temendo uma interferência política na gestão do patrimônio dos fundos, que já tiveram prejuízos - e dos grandes - no passado.
Gilmar Mendes anula condenações de José Dirceu
A decisão do ministro do Supremo Gilmar Mendes abrange todas as condenações impostas a José Dirceu, incluindo aquelas já confirmadas por instâncias superiores, e invalida todas as medidas processuais relacionadas.
Na decisão monocrática, Gilmar Mendes alegou a existência de "elementos concretos" de que Moro utilizou o processo contra Dirceu como parte de uma estratégia maior para chegar ao então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedido da defesa, acatado no caso, era pela extensão ao ex-ministro dos efeitos de decisão anterior do STF, que declarou Moro suspeito para julgar processos envolvendo Lula.
Com isso, as sentenças que levaram Dirceu a ser condenado a mais de 23 anos de prisão por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro em esquemas de desvio de recursos da Petrobras também foram anuladas.
Enquanto isso, no mundo das estatais...
A possibilidade de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usar recursos dos fundos de pensão de empresas estatais em obras do Novo PAC, como a Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios), levou participantes desses fundos – funcionários e aposentados das estatais – a lançar um manifesto contra o investimento.
O manifesto aponta a possibilidade de uma interferência política na gestão do patrimônio dos fundos, que já tiveram prejuízos no passado. Atualmente, são cerca de R$ 510 bilhões registrados até o final do ano passado. Quase 25 mil participantes dos fundos aderiram ao manifesto, segundo o Estadão, que apurou o caso.
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Política com humor, humor com política. É assim que o comentarista Thiago Melo conduz o Em Baixa, que aborda o lado tragicômico do noticiário. O programa vai ao ar todas as quartas e sábados, às 8h, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.
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