Uma casa construída em apenas cinco dias e que pode ser transportada para qualquer lugar. É o que promete a Casa Chassi, sistema construtivo desenvolvido com o objetivo de evitar a dor de cabeça e os imprevistos orçamentários comuns às construções tradicionais.
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Utilizando módulos pré-fabricados, inspirados nos chassis dos automóveis, a obra pode ser personalizada e adequada às necessidades do futuro morador, sejam elas referentes às dimensões da planta, custos ou tipo de acabamento.
Sistema
Criada pelos arquitetos Bernardo Horta e Pedro Haruf, a Casa Chassi tem sua estrutura composta por módulos fabricados em aço. O fechamento das paredes internas é feito em drywall, enquanto nas faces externas podem ser utilizadas placas de PVC ondulado ou de aço corten (com aspecto enferrujado), entre outros materiais. Tais características fazem com que o sistema lembre as construções erguidas em steel frame.
R$ 170 mil
é o custo médio para a construção do modelo padrão da Casa Chassi, de 81 m², contendo dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Neste valor não estão incluídos o frete e a execução da fundação.
“Uma das principais diferenças em relação ao steel frame é que o módulo da Casa Chassi é autoportante [sustenta a si próprio], o que permite que ele seja transportado”, explica Leandro Araújo, arquiteto e um dos fundadores da Hometeka, que tem exclusividade na comercialização do sistema no país.
Tal fato permite que os módulos – que medem 9 m x 3 m e saem da fábrica prontos (com acabamento e instalações elétrica e hidráulica) –, sejam transportados e instalados no terreno que receberá a obra, o que garante a agilidade do sistema.
Da mesma forma, eles podem ser “desmontados” e transferidos para outro endereço, fazendo com que o morador não perca o imóvel em caso de mudança, por exemplo.
Projeto
Outro atrativo da construção modular é a possibilidade de o próprio cliente “projetar” sua casa, a partir dos módulos pré-estabelecidos pela empresa. São 16 opções que contemplam diferentes plantas de quartos, cozinhas, salas, banheiros e áreas de serviço, permitindo diversas composições.
“O cliente começa o processo de escolha no site. Então, entramos em contato com ele para conhecer suas necessidades e agendar a reunião para a finalização do projeto”, conta Araújo.
Além da personalização da planta, o cliente ainda pode escolher os acabamentos, esquadrias, padrão de cores e tipo de cobertura, além de soluções relacionados à sustentabilidade do imóvel.
Entre eles estão a opção por telhado verde, reaproveitamento de água das chuvas e geração de energia por meio de placas fotovoltaicas – em alguns projetos, há condições de tornar a casa autossuficiente em energia.
Segundo Araújo, a Casa Chassi pode ser instalada em qualquer terreno com características para receber uma obra convencional. Os módulos são instalados sobre fundações previamente construídas (as mesmas de uma obra convencional) e conectados por meio de parafusos ou soldas em um processo que dura cinco dias. “Do fechamento da compra à finalização da obra o tempo médio é de 45 dias”, acrescenta Araújo.
Projeto de habitação sustentável venceu concurso de arquitetura
O sistema construtivo da Casa Chassi, elaborado pelos arquitetos Bernardo Horta e Pedro Haruf, foi o projeto vencedor da edição 2015 do Prêmio Hometeka, promovido pela empresa homônima há quatro anos.
Leandro Araújo, um dos fundadores da Hometeka, conta que o objetivo inicial não era o de comercializar o sistema, fato que passou a ocorrer após diversos contatos de interessados em adquirir a moradia.
“Ao construirmos e exibirmos o projeto vencedor, ficou clara a demanda do mercado, o desejo por uma habitação sustentável e de qualidade”, diz ele. “Então, o que era [o resultado de] um concurso virou uma oportunidade de negócio.”
A partir daí, a empresa elaborou as bases para colocar o produto no mercado e iniciou a comercialização das casas, sobre a qual tem exclusividade.
Ainda de acordo com Araújo, os arquitetos que desenvolveram o sistema não participam da comercialização ou da elaboração dos projetos junto aos clientes, mas recebem um porcentual sobre as negociações.
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