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Curitiba

Preço de imóveis em Curitiba sobe menos do que a inflação

Reajuste médio no valor do m² dos apartamentos novos foi de 5% no ano passado, frente aos 10,67% registrados pelo IPCA

Em ajuste, mercado imobiliário de Curitiba teve menos lançamentos e reajuste menor de preços dos imóveis novos. | Jonathan campos/Gazeta do Povo
Em ajuste, mercado imobiliário de Curitiba teve menos lançamentos e reajuste menor de preços dos imóveis novos. (Foto: Jonathan campos/Gazeta do Povo)

O esforço das construtoras em comercializar as unidades prontas ou em fase de obras e a disparada da inflação contribuíram para segurar o reajuste do preço dos imóveis no ano passado, em Curitiba.

Entre dezembro de 2014 e o mesmo mês de 2015, a valorização média acumulada pelos apartamentos novos na capital foi de 5%, menos da metade do índice registrado pela inflação do período, que foi de 10,67%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isto fez com que o preço do m² privativo passasse dos R$ 6,2 mil para os R$ 6,5 mil no período. Os dados são da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) e da Brain Bureau de Inteligência Corporativa.

INFOGRÁFICO: Veja a evolução dos preços dos imóveis em Curitiba

As campanhas de vendas realizadas pelas construtoras e o receio dos consumidores frente aos efeitos da crise econômica – como o aumento da taxa de desemprego, a alta dos juros e da inflação– estão entre os fatores que frearam a correção dos preços, de acordo com os especialistas.

“Com o mercado menos aquecido, com menor margem de reposição de preço, grande parte das empresas adotaram a estratégia de não reajustar. Este também foi um ano de se trabalhar o estoque, com menos lançamentos, o que fez com que eles [que costumam puxar o reajuste para cima] impactassem menos nessa variação”, avalia Fábio Tadeu Araújo, diretor de pesquisa de mercado da Ademi-PR.

Por tipo

As unidades de um e dois dormitórios foram as que apresentaram o menor reajuste do período, 2,6%, com o preço do m² chegando aos R$ 7 mil e R$ 5,8 mil, respectivamente, em dezembro de 2015. De acordo com André Marin, diretor de incorporação da construtora Laguna, estas são as tipologias que têm a maior oferta disponível, o que, dentro da relação de oferta e demanda, justifica o menor reajuste.

A correção de 5,5% para o m² privativo dos apartamentos de três dormitórios – comercializados a R$ 6,3 mil por m² – foi a mais próxima da registrada pela média de mercado. “Esta tipologia tem um estoque mais equilibrado e é a que atende à demanda de quem faz um upgrade, saindo de um imóvel de dois para o de três quartos. Essas pessoas, geralmente, têm melhor renda, conseguindo o financiamento com mais facilidade”, explica o diretor da Imobiliária Thá, Bruno Barreto.

Em alta

A maior alta do período foi registrada pelos apartamentos de quatro dormitórios, que tiveram seus preços corrigidos em 15% – índice três vezes superior ao da média do setor e 4,33 pontos porcentuais acima da inflação.

Ao contrário das demais tipologias, este segmento foi impactado pelo volume de lançamentos de apartamentos com valores acima de R$ 1 milhão. Como lembra Barreto, este também é um segmento que atende um perfil mais exigente e disposto a pagar pela exclusividade de projeto e localização, o que estimula o reajuste.

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