Um relatório publicado ontem pela ONG suíça Campanha por um Emblema de Imprensa (PEC) indica que 128 jornalistas foram assassinados em 32 países durante 2014, em um lamentável ranking no qual o Brasil ocupa a décima posição.
"O ano que termina foi terrível para os jornalistas. Um novo conflito mortífero para os trabalhadores dos meios de comunicação se abriu na Ucrânia, a ofensiva israelense lançada neste verão em Gaza causou várias vítimas, enquanto na Síria o terror atingiu níveis extraordinários com a decapitação de jornalistas em público", declarou o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen.
Israel foi o país que registrou o maior número de vítimas, com um total de 16 jornalistas assassinados durante a ofensiva militar em Gaza.
A Síria se situa em segundo lugar pelo número de vítimas, com 13 jornalistas assassinados, enquanto o Paquistão aparece na terceira posição, com 12 jornalistas assassinados, a maioria deles nas áreas tribais próximas ao Afeganistão.
A quarta posição entre os países com maior periculosidade para profissionais da comunicação é ocupada pelo Iraque, onde 10 jornalistas foram assassinados, muitos deles como consequência da ofensiva do grupo jihadista Estado Islâmico.
Por sua vez, a Ucrânia se situa no quinto lugar, com nove jornalistas assassinados. No sexto lugar se encontra o México (oito jornalistas assassinados), na frente de Afeganistão (seis), Honduras (cinco) e Somália (também cinco).
Por regiões, o Oriente Médio é a região mais violenta, com 46 jornalistas assassinados, na frente de Ásia (31), América Latina (27), África Subsaariana (14) e Europa (10).