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Tanque militar em frente à sede do governo da Bolívia, em La Paz, durante tentativa frustrada de golpe.
Tanque militar em frente à sede do governo da Bolívia, em La Paz, durante tentativa frustrada de golpe.| Foto: EFE/ Luis Gandarillas

O general Juan Zúñiga, acusado de liderar o “autogolpe" contra o socialista da Bolívia, Luis Arce, foi transferido neste sábado (29) para o presídio de segurança máxima. A determinação foi de um juiz que impôs seis meses de prisão preventiva ao militar.

Zúñiga foi escoltado à prisão de Chonchocoro, nos arredores de El Alto, município vizinho de La Paz, junto com outros dois militares também acusados de liderar o golpe, o vice-almirante Juan Arnez, ex-chefe da Marinha, e Alexandro Irahola, ex-chefe da brigada mecanizada do Exército.

Os três militares são acusados de terrorismo e rebelião armada, cujas sentenças chegam até 20 anos de prisão. Junto com eles, outros 18 militares da ativa, da reserva e civis foram presos em conexão com o golpe fracassado.

Ao ser preso na noite desta quarta-feira, o general Zúñiga disse que a tentativa de golpe foi idealizada por Arce. A ideia do presidente, segundo o general, era aumentar sua popularidade em meio ao caos.

Neste sábado (29), o governo boliviano também afirmou ter encontrado evidências de um plano militar para mobilizar forças do departamento de Tarija, durante a tentativa de golpe. 

“Encontramos um radiograma com o qual foi instruído que o avião (...) no ministério do Governo fosse transferido para o departamento de Tarija para trazer grupos de ataque", disse à imprensa o ministro de Governo, Eduardo Del Castillo.

Autoridades do governo boliviano disseram que a ação ocorrida na última quarta, envolvendo a tentativa de um suposto golpe militar liderado por Zúñiga, foi um “golpe de Estado frustrado” meticulosamente "orquestrado por militares ao longo de três semanas”.

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