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No sábado (7), terroristas armados invadiram casas e um festival de música em Israel, levando dezenas de reféns para o outro lado da Faixa de Gaza e assassinando outros, incluindo brasileiros
No sábado (7), terroristas armados invadiram casas e um festival de música em Israel, levando dezenas de reféns para o outro lado da Faixa de Gaza e assassinando outros, incluindo brasileiros| Foto: Reprodução/EFE

No dia 7 de outubro, o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, lançou uma grande ofensiva contra Israel, reacendendo um conflito histórico no maior ataque em décadas na região.

Um fato que chamou a atenção foi o enorme arsenal de mísseis utilizados na primeira ação dos terroristas. Ao todo, aproximadamente 5 mil foguetes foram lançados contra o território israelense, pegando as Forças de Defesa de Israel (FDI) de surpresa.

Além disso, a organização terrorista conseguiu ultrapassar as fronteiras entre Gaza e Israel, fazendo mais de cem pessoas reféns, além de milhares de vítimas fatais, incluindo brasileiros.

Essas ações do Hamas nos últimos dias mostram que, ao longo dos anos, o grupo passou por diversas transformações que permitiram seu fortalecimento, fruto de um alto financiamento de aliados do mundo árabe, que defendem a causa palestina e querem o fim de Israel.

Apesar de ser um país não árabe no Oriente Médio, o Irã é o principal apoiador do Hamas, segundo afirmou o próprio comando da milícia palestina logo após o atentado. No dia seguinte ao ataque, no domingo (8), o porta-voz do grupo, Ghazi Hamad, disse ao programa de rádio Newshour, do Serviço Mundial da BBC, que contou com ajuda do regime iraniano no bombardeio a Israel.

De acordo com Hamad, o Irã se comprometeu a "apoiar os combatentes palestinos até a libertação da Palestina e de Jerusalém". Ele também afirmou que o grupo havia recebido ajuda de outros países, mas não citou os nomes na ocasião.

Apesar de ter negado participação no ataque, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou na terça-feira (10) “estar orgulhoso da operação organizada pela juventude palestina”.

De acordo com um artigo do portal da revista National Review, o Hamas recebe aproximadamente US$ 100 milhões (cerca de R$ 508 milhões) por ano do Irã.

O arsenal da milícia é reforçado pelo apoio iraniano, que inclui armas leves, morteiros, mísseis guiados antitanque, mísseis antiaéreos de ombro, drones e foguetes não-guiados de curto e longo alcance.

Apesar de ser o grande patrocinador do conflito contra o Estado de Israel, o regime islâmico iraniano não é o único responsável pelo fortalecimento do Hamas.

De acordo com o jornal britânico The Telegraph, durante o primeiro semestre de 2023, os grupos terroristas Hamas e a Jihad Islâmica Palestina receberam mais de US$ 134 milhões (R$ 676 milhões) em criptomoedas, fonte de renda de difícil identificação da origem. Portanto, o dinheiro pode vir de patrocinadores privados dentro ou fora da região do Oriente Médio.

Uma das empresas que divulgaram o recebimento de doações foi a BitOK, especializada em rastreamento de moedas digitais, com sede em Tel Aviv. Segundo as informações divulgadas, o Hamas arrecadou por este meio cerca de US$ 41 milhões (R$ 207 milhões) nos últimos 18 meses.

De acordo com a emissora americana CNN, o grupo terrorista também é financiado por fundos angariados em países do Golfo Pérsico, região localizada entre a Península da Arábia e o Irã.

Um deles, segundo o jornal alemão DW, é o Catar, que oficialmente afirma que Doha financia esse tipo de grupo no intuito de manter uma “porta de diálogo aberta” e evitar ações extremistas no Oriente Médio, sendo um país a favor da criação do Estado Palestino. Até 2021, estima-se que houve a transferência de mais de US$ 1,8 bilhão para o grupo partindo do Catar.

As fontes de financiamento do Hamas não são publicamente divulgadas. Suspeita-se que outros países, como a Turquia e a Coreia do Norte, também tenham apoiado os terroristas financeiramente ou com outras formas de assistência, no entanto, até o momento nada foi oficialmente esclarecido.

Outros países que não mantêm relação com Israel e defendem a formação do Estado palestino entram no "radar" sobre o financiamento do grupo. Entre eles, estão a Líbia, o Líbano, Arábia Saudita, o Iraque e a Venezuela.

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