O dissidente cubano Guillermo Fariñas, debilitado após 131 dias de greve de fome para exigir a libertação de presos políticos, disse na segunda-feira estar consciente de que sua vida está chegando ao fim, e responsabilizou os irmãos Fidel e Raúl Castro por isso.
Opositores do regime comunista divulgaram na segunda-feira uma declaração ditada por Fariñas por telefone da cama de um hospital público onde, segundo relato publicado no sábado pelo diário oficial Granma, os médicos se empenham em mantê-lo vivo.
"Estou consciente do meu iminente falecimento, e o considero uma honra, pois tento salvar a vida de 25 presos políticos e de consciência dos quais a pátria precisa como líderes", disse o dissidente na sua resposta ao Granma.
"Os únicos responsáveis pelo meu futuro falecimento são os irmãos Fidel e Raúl Castro", acrescenta a nota, divulgada pela Internet, em referência ao ex-presidente e ao atual presidente do país.
Um médico do hospital onde Fariñas está internado, em Santa Clara (270 quilômetros a leste de Havana), disse ao Granma que o dissidente "corre perigo potencial de morte" por causa de um coágulo na jugular, que pode se deslocar para o coração ou os pulmões.
Fariñas, um psicólogo de 48 anos, iniciou a greve de fome em 24 de fevereiro, um dia depois da morte do preso político Orlando Zapata, que ficou 85 dias sem se alimentar para reivindicar melhores condições carcerárias.
A morte de Zapata provocou uma onda de críticas internacionais a Cuba.
Como a suspensão do X afetou a discussão sobre candidatos e fake news nas eleições municipais
Por que você não vai ganhar dinheiro fazendo apostas esportivas
Apoiadores do Hezbollah tentam invadir Embaixada dos EUA no Iraque após morte de Nasrallah
Morrer vai ficar mais caro? Setor funerário se mobiliza para alterar reforma tributária
Deixe sua opinião