O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, fugiu do país nesta quarta-feira (13, hora local), em meio a grandes protestos que pediam sua saída do cargo diante da pior crise econômica desde a independência, em 1948.
Ele renunciaria à presidência ainda nesta quarta-feira, mas, segundo informações da CNN e da agência Associated Press, partiu com sua esposa e dois guarda-costas a bordo de um avião da Força Aérea do Sri Lanka com destino a Malé, capital das Maldivas.
O controle de tráfego aéreo das Maldivas chegou a recusar o pedido de pouso da aeronave, mas esta conseguiu aterrissar após intervenção do presidente do Parlamento local e ex-presidente do país, Mohamed Nasheed.
Na segunda-feira (11), Rajapaksa havia tentado duas vezes deixar o Sri Lanka rumo aos Emirados Árabes Unidos em voos civis, mas não conseguiu porque ele e seus familiares se recusaram a entrar na fila de passageiros para embarque no Aeroporto Internacional Bandaranaike, o maior do país, para terem seus passaportes verificados pelos agentes de migração.
Se permanecesse no Sri Lanka e renunciasse ao cargo, como prometido, Rajapaksa ficaria sem imunidade presidencial e estaria sujeito a uma série de processos.
Em razão dos protestos pela crise econômica, o primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe anunciou sua saída no fim de semana, depois que ele e Rajapaksa tiveram suas residências invadidas por manifestantes. A casa do premiê foi incendiada.
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