Caminhadas pedindo o fim do conflito na Faixa de Gaza estão programadas para esta sexta-feira (9) em Curitiba e Foz do Iguaçu, na região Oeste do Paraná. A comunidade árabe também realiza uma campanha de doação de sangue e uma exposição de fotos do conflito foi montada na Boca Maldita, no centro da capital. A comunidade israelita no Paraná defende a paz entre os dois povos, mas não planeja nenhuma atividade.
As ações em Curitiba são organizadas por entidades, como a Comunidade Islâmica do Paraná, a Sociedade Árabe Brasileira e o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CebraPaz) e contará com apoio de partidos políticos e sindicatos. Os participantes vão se concentrar em frente ao prédio da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade. A passeata sairá as 11 horas, em direção à Praça Osório.
A expectativa é reunir cerca de 500 pessoas. A expectativa é reunir cerca de 500 pessoas no ato público. Comerciantes de origem árabe prometem chegar lojas no centro de Curitiba em protesto contra o conflito.
Os organizadores pediram que aos participantes levem um par de sapatos, uma referência a atitude do jornalista iraquiano Muntazar al-Zaidi, que em dezembro jogou um par de sapatos contra o presidente norte-americano George Bush. Os sapatos serão empilhados e depois doados para as vítimas das enchentes em Santa Catarina.
Foz do Iguaçu
A comunidade árabe de Foz do Iguaçu também realiza uma caminhada. A manifestação acontece a partir das 17 horas e vai percorrer a Avenida Brasil. Na semana passada, cerca de 500 pessoas protestaram contra a ofensiva israelense à Faixa de Gaza. A manifestação organizada pelo Centro Islâmico reuniu famílias palestinas, líderes religiosos e representantes políticos da segunda maior comunidade de língua árabe do país. No ato de repúdio, faixas e cartazes pediam o fim dos ataques.
Comunidade israelita
O presidente da Federal Israelita do Paraná, Isac Baril, disse que toda a comunidade está na expectativa de que seja firmado um acordo de paz. Ele afirma que judeus e muçulmanos convivem pacificamente no estado. "Espero que a paz que existe entre as duas comunidades daqui seja um exemplo para o Oriente", disse. Baril acredita que uma caminhada com objetivo de paz poderia ser realizada com as comunidades juntas, sem a participação, porém, de entidades políticas ou de classe. Até agora não houve contatos entre as comunidades para um ato conjunto.
Para o professor Francisco Manoel de Assis França, um dos organizadores da passeata em Curitiba, a situação é muito delicada. Ele disse que cada comunidade deveria cobrar uma posição de seus representantes. "Não dá para fechar os olhos e dizer que o conflito é equilibrado, porque não é."
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