Ao menos dez pessoas, a maioria crianças e adolescentes, morreram neste sábado (27) após um projétil disparado do Líbano atingir um campo de futebol na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, no norte de Israel, segundo informaram fontes médicas à imprensa israelense. Outras 30 pessoas, algumas delas em estado crítico, ficaram feridas após o ataque em massa com foguetes atribuído ao grupo Hezbollah.
Várias equipes do serviço de emergência israelense Magen David Amon (MDA), ambulâncias e helicópteros de evacuação médica se deslocaram rapidamente ao local para atender as vítimas. “Testemunhamos uma grande destruição quando chegamos ao campo de futebol, além de objetos que estavam em chamas. Havia vítimas na grama e o cenário era horrível. Começamos imediatamente a atender os feridos e alguns foram evacuados para clínicas locais”, diz um dos médicos do MDA.
Os alarmes antiaéreos, acrescenta este médico, continuaram soando enquanto as equipes de emergência israelenses prestavam cuidados médicos aos feridos. Uma equipe de especialistas em desativação de bombas da polícia israelense do Distrito Norte continua inspecionando e protegendo a área das Colinas de Golã, onde caíram “múltiplas munições para eliminar qualquer risco adicional”, conforme detalhado em um comunicado.
De acordo com o jornal israelense The Times of Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está realizando uma reunião de segurança nos Estados Unidos após este ataque. Já o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, está realizando uma avaliação com o chefe do Estado-Maior do Exército, tenente-general Herzi Halevi, e outros altos funcionários da defesa, conforme anunciado em suas redes sociais.
“Não há dúvida de que o Hezbollah ultrapassou todas as linhas vermelhas”, advertiu o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, em uma entrevista à emissora de TV israelense "Canal 12". “Estamos perante uma guerra total”, acrescentou o chanceler.
O grupo libanês Hezbollah negou a responsabilidade pelo lançamento de dezenas de projéteis contra uma base militar nas Colinas de Golã, contrariando informações de Israel. "A Resistência Islâmica no Líbano nega categoricamente as acusações feitas por alguns meios de comunicação inimigos e várias plataformas de mídia sobre a ação que teve como alvo Majdal Shams", disse o grupo armado, em breve comunicado através de seus canais oficiais.
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