Um ataque russo contra a cidade portuária de Odessa, no sul da Ucrânia, causou a morte de uma pessoa, fez pelo menos dez feridos e deixou 40 mil habitantes sem energia e calefação nesta sexta-feira (15).
Segundo o prefeito local, Gennadii Trujanov, as forças da Rússia usaram mísseis e drones, que atingiram hospitais, prédios, igrejas e instituições de ensino. Trujanov ainda informou, em suas redes sociais, que a vítima fatal era uma mulher de 35 anos, que dormia perto de uma janela.
Os serviços de emergência da cidade, localizada num ponto estratégico do Mar Negro, registraram prejuízos materiais significativos – como a destruição completa de um edifício residencial na região central e danos na infraestrutura de energia.
Estima-se que os russos já destruíram ou danificaram cerca de dois terços dessa infraestrutura em toda a Ucrânia. Uma situação que se agravará com a chegada do inverno, quando milhões de pessoas terão de lidar com apagões e enfrentar temperaturas negativas sem calefação.
Putin conversa com Scholz sobre guerra na Ucrânia depois de 2 anos sem contato
Também nesta sexta-feira, o ditador russo Vladimir voltou a conversar, após dois anos, com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Por telefone, Scholz pediu a Putin que abra “negociações sérias com Kiev para alcançar a paz”, segundo informaram fontes do governo alemão à imprensa.
O chanceler ainda enfatizou que “nenhum dos objetivos bélicos” da Rússia foi alcançado desde o início da guerra – que mata quase mil pessoas por dia. E condenou, especialmente, os ataques aéreos contra infraestruturas civis na Ucrânia.
Já Putin fez questão de frisar que “o lado russo nunca desistiu e permanece aberto à retomada das negociações que foram interrompidas por Kiev”.
O ditador também ressaltou que “a crise atual é um resultado direto da política agressiva da Otan durante muitos anos, que buscava criar uma plataforma contra a Rússia em território ucraniano, ignorando os direitos dos falantes do idioma russo”.
Ao final da conversa, os dois se comprometeram a manter um contato mais frequente a partir de agora.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Deixe sua opinião