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Marcha sangrenta

Ataques com granada matam 8 no Dia da Independência do México

Pedestres e médicos atendem dezenas de feridos que estavam deitados em piscinas de sangue, em praça da cidade de Morelia, no México | Agencia Quadratin / Reuters
Pedestres e médicos atendem dezenas de feridos que estavam deitados em piscinas de sangue, em praça da cidade de Morelia, no México (Foto: Agencia Quadratin / Reuters)

Suspeitos de ligações com o narcotráfico jogaram granadas em uma multidão que celebrava o Dia da Independência no México, matando pelo menos oito pessoas e ferindo mais de 100, em um aumento da intensidade de uma guerra entre o governo e cartéis da droga.

As explosões aconteceram em uma praça na cidade colonial de Morelia na noite desta segunda-feira (15), durante uma tumultuada festa liderada pelo governador do Estado de Michoacan para marcar o dia nacional mexicano.

Dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, estavam deitados em piscinas de sangue. Pessoas que antes participavam da festa andavam atordoadas ao lado da catedral da cidade, que é a terra natal do presidente mexicano, Felipe Calderón.

O governador Leonel Godoy disse que a polícia suspeita que o ataque seja de autoria do "crime organizado" -um termo usado frequentemente para referência aos cartéis mexicanos da droga. Os cartéis já mataram 2.700 pessoas neste ano em lutas entre traficantes e em ataques contra a repressão do governo.

Frequentemente, traficantes torturam e decapitam rivais e entram em conflitos com forças de segurança, mas não houve ataques com um alto número de civis feridos antes.

"Achamos sem dúvida que foi o crime organizado, embora isto esteja sendo investigado pela promotoria geral", disse Godoy ao canal Televisa.

Testemunhas viram um homem vestido de preto jogar uma granada na multidão e depois pedir desculpas para pessoas ao seu lado pelo que tinha feito, disse o governador.

Mexicanos se reúnem nas praças das cidades em todo o país na noite do dia 15 de setembro para celebrar a proclamação da independência, feita em 1810 pelo padre católico Miguel Hidalgo, que se revoltou contra o domínio espanhol tocando um sino de igreja e gritando "Viva México" para uma multidão.

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