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O avião que colidiu com um helicóptero militar na noite de quarta (29) perto do Aeroporto Nacional Reagan (DCA), em Washington, levava 60 passageiros e quatro tripulantes a bordo, segundo informou a empresa American Airlines. Alguns deles eram patinadores artísticos russos e familiares. Já o helicóptero transportava três soldados em treinamento.
"Estamos preocupados com os passageiros e a tripulação a bordo da aeronave. Estamos em contato com as autoridades e auxiliando com os esforços de resposta à emergência", disse a companhia aérea em um comunicado.
A empresa detalhou que o voo 5342 da American Eagle, uma subsidiária regional da American Airlines, estava viajando de Wichita, Kansas, para Washington, D.C., e sofreu o acidente quando se aproximava do aeroporto para o pouso. As demais operações do terminal estão suspensas até o final da manhã.
A companhia acrescentou que há uma linha telefônica gratuita para que parentes dos passageiros do voo possam entrar em contato com a empresa.
Veja abaixo onde está localizado o aeroporto da capital norte-americana:
Resgate difícil
Segundo pôde comprovar a Agência EFE, a equipe de resgate foi enviada às margens do rio Potomac — onde a aeronave caiu — e incluiu ambulâncias, caminhões de bombeiros, viaturas de polícia e helicópteros. Ônibus públicos também foram disponibilizados para o eventual transporte de pessoas.
A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, disse na rede social X que estão sendo mobilizados "todos os recursos disponíveis da Guarda Costeira dos EUA para esforços de busca e resgate" e que estão "monitorando ativamente a situação" e estão preparados para dar suporte ao pessoal de emergência local.
Por sua vez, o presidente dos EUA, Donald Trump, agradeceu ainda na quarta-feira ao pessoal de emergência pelo trabalho após a colisão entre o avião e o helicóptero militar e pediu a Deus que abençoasse os envolvidos.
Após o acidente, as autoridades confirmaram à imprensa local que houve fatalidades, sem especificar um número específico. Segundo informou a CNN, fontes policiais disseram que o resgate das vítimas é difícil por conta das condições climáticas de muito frio neste início de dia, com a formação de gelo na linha d'água.
Dúvidas sobre a colisão
O CEO da American Airlines, Robert Isom, admitiu em uma mensagem de vídeo que há muitas perguntas sobre o incidente e que não pode fornecer todas as respostas, mas pediu paciência para fornecer as informações corretas.
"Continuaremos compartilhando informações precisas e oportunas o mais rápido possível, mas tudo o que relatarmos deve ser preciso. Devemos isso a todos os envolvidos. Nossa equipe de profissionais altamente treinados trabalhará 24 horas por dia", ressaltou.
Isom expressou ainda seu "profundo pesar" pelo ocorrido e ressaltou que hoje "é um dia difícil para todos" na American Airlines.
"Nossos esforços agora estão focados exclusivamente nas necessidades de nossos passageiros, tripulação, parceiros e equipe de emergência, juntamente com suas famílias e entes queridos", enfatizou.
A cooperação com as autoridades policiais para esclarecer o que aconteceu, segundo acrescentou, é "ininterrupta".