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Novo episódio, que não deixou feridos, aumenta a lista de incidentes com aeronaves da segunda maior fabricante mundial do setor
Novo episódio, que não deixou feridos, aumenta a lista de incidentes com aeronaves da segunda maior fabricante mundial do setor| Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH

Um avião Boeing 737 da empresa americana Southwest Airlines perdeu a tampa de um de seus motores, que se soltou e bateu na asa durante a decolagem, evento que será investigado pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) e que aumenta a lista de incidentes no segundo maior fabricante de aeronaves do mundo.

O incidente ocorreu às 8h15 (hora local) de domingo (7), quando o avião, modelo 737-800, precisou retornar ao Aeroporto Internacional de Denver, 25 minutos após a decolagem.

A bordo da aeronave, com destino a Houston, estavam 135 passageiros e seis tripulantes, que não ficaram feridos.

“Pedimos desculpas pelo transtorno e atraso, mas damos a nossa maior prioridade à máxima segurança para nossos clientes e funcionários. Nossas equipes de manutenção estão inspecionando a aeronave”, disse ontem a companhia aérea em um comunicado.

Os passageiros foram transferidos para outro avião, que chegou quatro horas depois.

O incidente aumenta a lista de problemas da Boeing, a segunda maior fabricante mundial de aviões comerciais.

No início de janeiro de 2024, um painel que cobria o espaço para uma porta de emergência em um Boeing 737 Max-9 da Alaska Airlines se soltou logo após a decolagem do avião.

O incidente, que não causou feridos, gerou uma série de novas investigações sobre as operações da Boeing.

A FAA descobriu dezenas de problemas de controle de qualidade tanto na Boeing quanto em seu fornecedor Spirit AeroSystems, enquanto outro relatório do Conselho Nacional de Segurança e Transporte (NTSA, na sigla em inglês) revelou que o painel que caiu do avião da Alaska Airlines não estava instalado corretamente e não tinha quatro parafusos de fixação.

A crise que a Boeing está enfrentando começou em 29 de outubro de 2018, quando o voo 610 da Lion Air, da Indonésia, caiu no Mar de Java logo após a decolagem, matando todos os 189 ocupantes.

Em 10 de março de 2019, o voo 302 da Ethiopian Airlines sofreu um acidente em circunstâncias semelhantes, no qual todas as 157 pessoas que viajavam no avião morreram.

Esses dois acidentes fizeram com que dezenas de países ao redor do mundo proibissem voos da linha MAX de aeronaves 737 à época.

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