O presidente do Chile, Gabriel Boric, acusou nesta quarta-feira (7) o regime de Nicolás Maduro de tentar fraudar as eleições na Venezuela e afirmou categoricamente que o Chile não reconhece a vitória “autoproclamada” do ditador chavista que controla Caracas.
A declaração do presidente chileno ocorreu durante uma coletiva de imprensa realizada no Palácio de La Moneda. Elas também surgem após um encontro dele com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, no qual Boric procurou obter um apoio mais firme contra o que classificou como uma fraude eleitoral na Venezuela.
“Não tenho dúvidas de que o regime de Maduro tentou cometer uma fraude”, afirmou Boric na coletiva de imprensa.
O chileno criticou ainda a falta de transparência no processo eleitoral venezuelano, afirmando que, se Maduro tivesse realmente vencido as eleições, teria apresentado as provas necessárias, neste caso, as atas eleitorais, que até o presente momento não foram divulgadas publicamente pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão chavista responsável pelas eleições e que deu a vitória a Maduro.
Além das alegações de fraude eleitoral, Boric destacou as graves violações dos direitos humanos ocorrendo na Venezuela, incluindo a repressão a manifestantes e a perseguição penal a opositores políticos. “Estão sendo cometidas violações dos direitos humanos que não seriam aceitáveis em nenhum país democrático”, disse.
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