Membros da Guarda Nacional participam de exercício militar no aeroporto de Garcia Hevia, em La Fría, no estado venezuelano de Táchira, 10 de setembro de 2019
Membros da Guarda Nacional participam de exercício militar no aeroporto de Garcia Hevia, em La Fría, no estado venezuelano de Táchira, 10 de setembro de 2019| Foto: Schneyder MENDOZA / AFP

Em meio às crescentes tensões entre Venezuela e Colômbia, o regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro deu início a exercícios militares nesta terça-feira (10) na fronteira entre os dois países. O chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (Ceofanb) Remigio Ceballos coordenou o primeiro dia de manobras militares e disse que a Venezuela "tem amigos em todo o mundo". Segundo agências de notícias internacionais, uma fonte da cúpula das forças armadas ligada aos exercícios disse a jornalistas que pelo menos 150 mil combatentes militares e policiais foram mobilizados para a fronteira, sem especificar se todos estariam participando dos exercícios.

Jornais locais relatam que tanques, veículos blindados carregados com mísseis e dezenas de soldados foram enviados pelo aeroporto de La Fría, no estado de Táchira, no oeste. A página do Ministério da Defesa do regime chavista afirma que as FANB são integradas por "95 mil a 150 mil combatentes ativos, entre eles, uma crescente milícia nacional formada por centenas de milhares de pessoas em capacidade de prestar serviços como reservistas".

Os exercícios, ordenados por Maduro, devem continuar até 28 de setembro. Na terça-feira da semana passada, Maduro acusou a Colômbia de usar o anúncio do retorno ao conflito armado por dissidentes da guerrilha das Farc para "começar um conflito militar" entre os dois países e declarou alerta na fronteira. O governo da Colômbia negar ter qualquer plano contra a Venezuela.