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Fernando Villavicencio Valencia, que aparecia em quarto lugar na última pesquisa, foi morto a tiros após um comício na capital equatoriana
Fernando Villavicencio Valencia, que aparecia em quarto lugar na última pesquisa, foi morto a tiros após um comício na capital equatoriana| Foto: EFE/José Jácome

Fernando Villavicencio Valencia, candidato à presidência do Equador, foi assassinado na noite desta quarta-feira (9) em Quito.

Segundo informações do jornal El Universo, o postulante do movimento de centro-direita Construye foi morto após um comício realizado no ginásio de um colégio na capital equatoriana.

Um assessor de campanha informou que Villavicencio foi atingido com três tiros na cabeça. Sua morte foi confirmada no hospital, para onde foram levadas sete das oito pessoas feridas no incidente.

Segundo o El Universo, a Polícia Nacional fechou as ruas ao redor do ginásio para tentar encontrar os autores dos disparos.

Horas depois, surgiu a informação de que um dos suspeitos do assassinato morreu na troca de tiros com a equipe de segurança do candidato.

Na mais recente pesquisa de intenção de voto para a eleição presidencial no Equador, cujo primeiro turno será realizado no próximo dia 20, Villavicencio apareceu em quarto lugar, com 6,8% da preferência do eleitorado. Jornalista, ativista político e ex-sindicalista, ele tinha 59 anos e em 2021 havia sido eleito deputado nacional.

Como jornalista, fez muitas denúncias contra o presidente esquerdista Rafael Correa (2007-2017) e chegou a ser condenado a 18 meses de prisão por supostas injúrias contra o mandatário, mas se escondeu nos Estados Unidos, no Peru e na Amazônia equatoriana, até sua sentença prescrever, em março de 2015.

Dias atrás, Villavicencio havia denunciado que recebeu ameaças do líder do cartel Los Choneros.

Na noite desta quarta-feira, o movimento Construye informou que homens armados atacaram seus escritórios de campanha em Quito horas depois do assassinato de Villavicencio.

As eleições presidenciais foram antecipadas no Equador porque o atual presidente, Guillermo Lasso, anunciou em maio a chamada “morte cruzada”, isto é, a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação imediata de eleições antecipadas para o Executivo e Legislativo do país em meio a uma crise política.

“Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, lhes asseguro que este crime não ficará impune”, escreveu Lasso no Twitter.

O presidente, que não disputará a eleição do dia 20, disse que o Gabinete de Segurança se reuniria na noite desta quarta-feira e que a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint, a procuradora-geral Diana Salazar, o presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela, e outras autoridades de Estado foram chamados para o encontro.

“O crime organizado já chegou muito longe, mas todo o peso da lei vai cair sobre eles”, concluiu Lasso.

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