A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, definiu a deposição do governo de Laurent Gbagbo na Costa do Marfim como "um sinal" para outros autocratas. "Essa transição envia um sinal forte a ditadores e tiranos da região e do mundo: eles não devem desconsiderar a voz do seu próprio povo em eleições livres e justas e haverá consequências para os que se agarrarem ao poder", afirmou Hillary. Estados Unidos, França e Grã-Bretanha lideram a coalizão que defende o movimento rebelde em outro país africano - a Líbia - contra o ditador Muamar Kadafi.
Além de alertar os ditadores, ela elogiou o papel da França na Costa do Marfim. O tema, entretanto, é sensível. Até a noite de ontem, a Organização das Nações Unidas (ONU), o Palácio do Eliseu e o Ministério das Relações Exteriores da França distribuíam comunicados sucessivos tentando esclarecer as posições das forças internacionais no conflito marfinense.
Segundo os informes, as tropas francesas e da missão de paz da ONU não teriam sido responsáveis pela prisão de Gbagbo, mas sim milicianos a serviço de seu rival Alassane Ouattara. A preocupação é evitar que o novo governo seja confundido com uma intervenção da França, que colonizou a Costa do Marfim.
Hillary saudou "o governo, o povo da França e os outros membros da comunidade internacional que trabalharam com diligência para garantir a segurança e a proteção do povo marfinense ao longo da crise".
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