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Venezuela

Chávez chama EUA de "estúpidos" por criticarem compra de armas

Chávez afirmou que pretende continuar comprando armas. Equipamentos bélicos com tecnologia americana não podem ser vendidos à Venezuela

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, chamou na quinta-feira de "estúpidos" os norte-americanos que se mostram preocupados com a compra de armas por Caracas, afirmando que continuará fazendo aquisições bélicas.

Chávez é o maior crítico dos EUA na América Latina, e Washington proibiu há cinco anos a venda de armas com tecnologia norte-americana à Venezuela. Desde então, o governo venezuelano vem recorrendo à compra de equipamentos da Rússia e da China.

"Estão preocupados nos Estados Unidos porque a Venezuela está comprando não sei quantas armas e está se armando para agredir não sei quem. Não sejam estúpidos, ianques!", disse Chávez numa cerimônia em que recebeu a primeira de oito embarcações militares adquiridas da Espanha.

Na véspera, durante visita à Colômbia, o subsecretário norte-americano de Estado para as Américas, Arturo Valenzuela, insinuou que estaria preocupado com as aquisições venezuelanas.

"O que resta para lhes dizer é isso. Ou será que acham que nós somos estúpidos?", disse Chávez, para quem os EUA não têm moral para lhe fazer críticas, uma vez que possuem o maior gasto militar do mundo.

Sem entrar em detalhes, Chávez disse que pretende deixar a Venezuela em "um nível de preparação operacional". Ele costuma acusar o "império" norte-americano de tramar a derrubada do seu governo para se apoderar da sua riqueza petrolífera, e diz que a presença de soldados dos EUA em bases da vizinha Colômbia é parte dessa estratégia. Os EUA e a Colômbia negam qualquer intenção de derrubar Chávez ou de invadir a Venezuela.

Nesta semana, após ser recebido por Chávez em Caracas, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, disse que seu país poderia vender até 5 bilhões de dólares em armas ao país. A Venezuela já possui desde o ano passado uma linha de crédito de 2,2 bilhões de dólares concedida por Moscou para esse fim.

EUA, Colômbia e Peru manifestam preocupação com essas aquisições, que até agora já incluíram 4 bilhões de dólares em fuzis, aviões militares e tanques.

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